Brasil perto dos 13 milhões de casos no pior momento da pandemia

5 de Abril 2021

O Brasil registou hoje 31.359 infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, elevando o número total de casos para 12.984.956 desde o início da pandemia, segundo informação oficial.

De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde brasileiro, foram no mesmo período contabilizadas 1.240 novas mortes por Covid-19, para um total acumulado 331.433 óbitos desde o início da pandemia.

O número de casos de infeção e mortes relatadas nas últimas 24 horas é o mais baixo da semana. No entanto, os números tendem a ser mais baixos aos fins de semana devido à falta de pessoal para registar os dados.

O número médio de infeções diárias durante os últimos sete dias caiu para 64.324, depois de atingir um pico de 77 mil no final de março.

O número médio de mortes, no mesmo período desceu para 2.747, após ter ultrapassado as três mil por dia.

De acordo com o boletim diário sobre a evolução da pandemia, a taxa de mortalidade é de 157,7 óbitos por 100 mil habitantes, enquanto a incidência é de 6.179 casos por 100 mil habitantes.

Após medidas restritivas impostas nas últimas semanas pelas autoridades em várias cidades do país, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, a curva epidemiológica registou um ligeiro declínio, embora os especialistas temam uma nova subida após a Páscoa.

Apesar dos decretos emitidos por governadores e prefeitos para restringir a circulação de pessoas, um juiz do Supremo Tribunal brasileiro autorizou a celebração de missas e festividades em todo o país neste Domingo de Páscoa.

O agravamento da crise sanitária coincide com o lento processo de vacinação no Brasil, devido à falta de doses disponíveis.

A este respeito, o diretor do Instituto Butantan, o maior fabricante de vacinas contra a Covid-19 no Brasil, Dimas Covas, advertiu que os próximos 15 dias serão dramáticos para o país.

“Estamos numa altura em que a velocidade de transmissão ainda é muito elevada. Abril vai ser dramático para o Brasil”, disse Covas numa entrevista ao jornal Valor Económico.

Segundo o médico, a nação sul-americana está em ritmo acelerado para quatro mil mortes por dia devido à Covid-19 e poderá ultrapassar a barreira trágica de cinco mil mortes por dia.

LUSA/HN

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