Movimento de doentes sublinha ganhos da vacinação para toda a sociedade

26 de Abril 2021

O Movimento Doentes pela Vacinação (MOVA) defendeu esta segunda-feira que as vacinas trazem ganhos quantitativos e qualitativos transversais à sociedade e que, no caso de doenças graves como a pneumonia, a vacina pode ser feita em qualquer altura do ano.

“Para além da proteção individual que confere, a imunização é um investimento em saúde pública e uma preocupação que devemos ter ao longo da vida”, sublinha o MOVA, num comunicado a propósito da Semana Europeia de Vacinação, que se assinala entre 26 de abril e 02 de maio.

Seja através do Programa Nacional de vacinação (PNV) ou de vacinas recomendadas pelos médicos assistentes, a prevenção de doenças graves “deve ser uma prioridade em todas as faixas etárias” e uma preocupação que “devemos começar a ter logo nos primeiros meses e que só deve terminar no final de vida”, defende.

O movimento recorda que são muitas as doenças graves que já se podem prevenir através da vacinação, evitando mortes, morbilidades e sequelas desnecessárias, dando como exemplo a pneumonia.

“Grave e potencialmente fatal, mata uma média de 16 pessoas por dia no nosso país. (…), uma a cada 90 minutos”, acrescenta.

Grupos de risco como pessoas a partir dos 65 anos e quem, independentemente da sua idade, sofre de doenças crónicas, “devem estar particularmente protegidos”, insiste o movimento.

A vacinação antipneumocócica está recomendada pela Direção-Geral da Saúde a todos os adultos pertencentes aos grupos de risco – pessoas com doenças crónicas como diabetes, asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais.

Esta vacina é gratuita para as crianças e alguns segmentos de adultos e é comparticipada pelo estado em 37% para a restante população.

A sua eficácia está comprovada em todas as faixas etárias, incluindo na prevenção das formas mais graves da doença.

Fundado há quatro anos pela associação Respira, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do Grupo de estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, o MOVA é composto por especialistas e associações de doentes, num total de 15 entidades.

LUSA/HN

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