O Brasil, segundo país em todo o mundo com mais óbitos e o terceiro com mais infeções em números absolutos, tem agora uma taxa de incidência da doença de 197 mortes e 7.105 casos por 100 mil habitantes.
Já a taxa de letalidade da Covid-19 no país, com 212 milhões de habitantes, está fixada em 2,8%.
Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde brasileiro na quarta-feira, que mostra que o Estado de São Paulo, o mais rico e populoso do país, continua a ser o foco da pandemia no país, com 2.956.210 casos de infeção e 98.710 vítimas mortais desde que o novo coronavírus chegou ao país, em fevereiro de 2020.
São Paulo voltou a apresentar crescimento na média diária de novos casos, depois de uma semana de queda. Já o índice relativo aos internamentos estabilizou e o de óbitos teve uma leve diminuição.
Contudo, apesar do ligeiro aumento nos casos, o governador de São Paulo, João Doria, não descarta uma flexibilização das medidas de isolamento social na região.
No total, mais de 13,5 milhões de recuperações da doença foram registadas no Brasil, enquanto que 986.212 pacientes infetados permanecem sob acompanhamento médico.
O Governo brasileiro anunciou hoje que analisará a presença de anticorpos contra a Covid-19 em amostras de sangue de 211.129 pessoas, num ambicioso estudo para identificar a prevalência do coronavírus no país e verificar a resposta à vacinação.
O estudo, um dos maiores do género no mundo e que deverá ter início em junho, pretende ainda elaborar o perfil demográfico e socioeconómico dos infetados.
Os exames sorológicos serão realizados em 211.129 pessoas de 62 mil domicílios, em 274 municípios, incluindo capitais estaduais e suas respetivas regiões metropolitanas.
O principal objetivo do projeto é conhecer a percentagem de pessoas infetadas pelo novo coronavírus nos diferentes grupos sociais da população brasileira e estabelecer as características socioeconómicas, demográficas e epidemiológicas de quem contraiu ou não a doença e de quem desenvolveu anticorpos.
As amostras de sangue de todos os participantes serão armazenadas por cinco anos num depósito biológico para estudos futuros, explicou o secretário nacional de Vigilância em Saúde do Ministério, Arnaldo Medeiros, na cerimónia de apresentação do projeto.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.230.058 mortos no mundo, resultantes de mais de 154,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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