A confirmação deste evento – que já tinha sido equacionado – foi dada hoje pela direção do festival, em comunicado, que justifica a decisão com a incidência decrescente da Covid-19 em Berlim durante sete dias, e com sinais positivos dados pelo Governo no sentido de apoiar o pedido de realização de um projeto-piloto com a inclusão de testes obrigatórios à Covid-19.
“Estamos extremamente satisfeitos com o novo conceito para o Especial de Verão da ‘Berlinale’, apesar de o termos planeado de forma diferente inicialmente. O público terá uma experiência de festival muito especial e coletiva – algo que todos nós temos vindo a perder há muito tempo”, afirmam os organizadores do evento, Mariette Rissenbeek e Carlo Chatrian.
Deste modo, a organização vai poder apresentar o programa do festival ao público de Berlim em quase todas as zonas da cidade, num total de 16 locais, incluindo um cinema ao ar livre especialmente criado na histórica Ilha dos Museus de Berlim como espaço principal.
As exibições do cinema local “Kiez-Kino” também terão lugar como eventos ao ar livre, e serão mais fortemente representados em diferentes partes da cidade.
O Especial de Verão arranca a 09 de junho e a cerimónia de entrega de prémios terá lugar a 13 de junho, seguindo as decisões dos júris oficiais já tomadas em março.
O Prémio Documentário Berlinale, dotado de 40 mil euros, e o Prémio GWFF de Melhor Primeira Longa Metragem, com um valor de pecuniário de 50 mil euros, serão também atribuídos na zona principal do festival, na Ilha dos Museus em Berlim.
Outros eventos especiais a decorrer naquele recinto poderão ser acrescentados ao calendário de cerimónias de entrega de prémios e de estreias de filmes, acrescentam os organizadores.
Este ano, a 71.ª edição do festival foi planeada para acontecer em dois tempos: Em fevereiro aconteceu o mercado do filme e apresentação dos filmes ‘online’ e para profissionais, e em junho decorrerá a exibição da programação para público ao ar livre (depois de inicialmente ter sido pensada para decorrer em sala).
Da programação prevista, fica adiada para 2022 a retrospetiva dedicada aos clássicos do cinema e a exposição do programa Fórum Expandido, que deveria inaugurar a 18 de maio.
Da programação, mostrada em fevereiro aos profissionais, fizeram parte os filmes “Luz de Presença”, de Diogo Costa Amarante, e “Nanu Tudor”, da realizadora moldava Olga Lucovnicova com coprodução entre Portugal, Bélgica e Hungria, e que venceu o Urso de Berlim de melhor curta-metragem.
Na secção Fórum foi incluída a longa-metragem “No táxi do Jack”, de Susana Nobre.
No programa Fórum Expandido, no qual o cinema se estende para outras expressões artísticas, estavam “Mudança”, do realizado luso-guineense Welket Bungué, “Night for day”, da artista visual britânica Emily Wardill, com coprodução luso-austríaca, e a produção portuguesa “13 ways of looking at a blackbird”, da realizadora brasileira Ana Vaz.
Já o filme “Rock Bottom Riser”, do realizador luso-americano Fern Silva, esteve na secção Encontros.
LUSA/HN
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