Brasil chega a 490 mil mortes e supera 17,5 milhões de casos

16 de Junho 2021

O Brasil ultrapassou esta terça-feira a barreira das 490 mil mortes devido à Covid-19 (490.696) e superou 17,5 milhões de infeções (17.533.221) desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

Desse total, 2.468 óbitos e 80.609 casos positivos do novo coronavírus foram contabilizados nas últimas 24 horas, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde.

Contudo, os dados de hoje poderão ser muito superiores, uma vez que Rio Grande do Sul, um dos cinco Estados brasileiros mais afetados pela doença, não conseguiu comunicar atempadamente os registos das últimas 24 horas devido a problemas técnicos.

A taxa de incidência da doença no Brasil, um dos três países mais atingidos pela covid-19, juntamente com os Estados Unidos e com a Índia, é agora de 234 mortes e 8.343 casos por 100 mil habitantes. Já a taxa de letalidade continua em 2,8% há várias semanas.

Das 27 unidades federativas brasileiras, São Paulo é a mais atingida em números absolutos, concentrando 3.487.385 casos de infeção e 119.110 vítimas mortais devido ao Sars-CoV-2.

Num momento em que especialistas preveem uma nova vaga da pandemia no Brasil, o país sul-americano encontra-se a sediar a Copa América desde o último domingo e o Ministério da Saúde brasileiro já identificou 52 casos de Covid-19 entre jogadores, membros das delegações e prestadores de serviços envolvidos no torneio de futebol.

Dos 52 diagnósticos, 33 casos positivos foram detetados entre jogadores e membros de delegações e 19 entre prestadores de serviços contratados pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) para o evento.

A seleção da Venezuela, que tem o português José Peseiro como selecionador, foi a mais afetada até ao momento, devido a um surto que resultou na infeção de 13 elementos da comitiva – oito jogadores e três elementos da equipa técnica -, que motivou a chamada de 15 novos futebolistas.

Também se detetaram casos isolados nas seleções de Colômbia, Bolívia e Peru, na prova a realizar-se no Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia.

A realização do evento em solo brasileiro esteve envolvida em polémica, devido ao recrudescimento da pandemia e o ritmo lento da imunização no país.

A tutela da Saúde anunciou na terça-feira que 530 mil doses da vacina da Pfizer chegarão ao Brasil no dia.

Esse é o primeiro lote de um total de 2,4 milhões de doses do imunizante da Pfizer que serão entregues ao Ministério da Saúde esta semana. As outras duas remessas, com 936 mil doses cada, estão previstas chegar ao país na quarta e na quinta-feira.

“O contrato junto à farmacêutica prevê um total de 100 milhões de doses até setembro. Outras 100 milhões de doses, fruto de uma segunda negociação, estão previstas para serem entregues entre setembro e dezembro, totalizando 200 milhões de doses da Pfizer apenas em 2021”, indicou o Governo brasileiro em comunicado.

Além disso, o Brasil deverá receber na próxima semana 842.400 doses de vacinas da Pfizer através do consórcio Covax Facility.

Esse será o primeiro lote da farmacêutica que desembarcará no país oriundo da aliança liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros parceiros.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.813.994 mortos no mundo, resultantes de mais de 176,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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