Um total de 17 milhões de crianças e jovens até 12º ano voltaram às salas de aula hoje na Rússia, apesar do nível de infeções pelo coronavírus responsável pela pandemia daCcovid-19 no país ainda permanecer acima de 18 mil por dia.
“Não podemos relaxar”, disse o ministro da Educação da Rússia, Sergei Kravtsov, durante visita a uma escola tecnológica nas proximidades de Moscovo, lembrando que “medidas como o distanciamento social continuam em vigor”.
Também hoje, cerca de 4,22 milhões de estudantes universitários voltam às aulas em 710 estabelecimentos do ensino superior, acrescentou o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Chernishenko.
O Presidente russo, Vladimir Putin, defendeu durante a visita a uma escola na cidade russa de Vladivostok, na costa do Pacífico, a necessidade de priorizar o ensino presencial, embora não tenha descartado a utilização de aulas à distância.
Até ao momento, a Rússia já totalizou 6.937.333 infeções pelo coronavírus e 184.014 mortes, ocupando o quarto lugar no mundo, atrás dos Estados Unidos, Índia e Brasil.
A Bélgica retomou hoje a 100% as aulas presenciais nas escolas e universidades, quando o país tem 82,9% dos adultos completamente vacinados e uma incidência cumulativa relativamente estável, com 241 novas infeções por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
Apesar do panorama sanitário favorável, por precaução, certas medidas serão observadas, como o uso de máscara em ambientes fechados e vigilância para que as salas estejam bem ventiladas, tanto nas escolas como nos estabelecimentos de ensino superior.
Em Israel, cerca de 2,5 milhões de alunos começaram hoje o ano letivo, um dia após o país registar o recorde de infeções diárias pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, mais de 11.000, e entre várias medidas de prevenção para evitar surtos nas escolas.
Pelas novas diretrizes, no meio à quarta onda da pandemia, todos, inclusive alunos, pais e funcionários das escolas devem comprovar que estão vacinados ou apresentar resultado negativo para o SARS-Cov-2.
Para facilitar, o Ministério da Saúde israelita distribuiu na terça-feira testes rápidos para as crianças antes de irem para as aulas e, partir de hoje, os alunos maiores de 12 anos poderão ser vacinados nas escolas, com a autorização prévia dos seus pais.
Embora as aulas funcionem normalmente nas cidades identificadas como zona amarela, verde ou laranja, com base no número de casos ativos, as catalogadas como vermelhas, com maior índice de casos, verão os alunos divididos em grupos ou mesmo a estudar em espaços abertos.
Desde junho, Israel permite a imunização de crianças e jovens com mais de 12 anos, mas apenas um terço dos adolescentes entre 12 e 15 anos receberam as duas doses da vacina.
Na Índia, mais alunos poderão entrar hoje numa sala de aula pela primeira vez em quase 18 meses, após as autoridades darem luz verde para reabrir parcialmente mais escolas, apesar da apreensão de alguns pais e do número alto de infeções pelo novo coronavírus.
Escolas e universidades em pelo menos mais seis Estados indianos estão a reabrir hoje de maneira gradual, obedecendo as medidas de saúde em vigor determinadas pelo Governo.
Em Nova Deli, todos os funcionários devem ser vacinados e as turmas serão limitadas a 50%, com assentos escalonados e mesas higienizadas. Na capital apenas os alunos da 9.º ao 12.º ano terão permissão para frequentar a escola, embora não seja obrigatório e muitos pais preferem mesmo deixar os filhos em casa.
Vários Estados indianos já tinham no mês passado voltado ao ensino presencial para algumas faixas etárias.
As novas infeções diárias caíram drasticamente na Índia desde o pico de mais de 400 mil em maio. Mas, no sábado, a Índia registou 46 mil novos casos, o maior número em quase dois meses, um aumento que levantou questões sobre a reabertura de escolas, com alguns alertas contra isso.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.507.823 mortes em todo o mundo, entre mais de 216,98 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
LUSA/HN
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