Pedro Pessoa e Costa frisou na sua intervenção que a festa teve de “ser obrigatoriamente celebrada de uma maneira diferente, porque diferentes também são os tempos que se vivem”.
“A tradicional receção que esta embaixada faz anualmente e que constitui um encontro fraterno entre portugueses, luso-angolanos e angolanos e a comunidade internacional, que partilham afetos, amizade de séculos, este ano é celebrada de uma maneira diferente, num verdadeiro esforço de retribuir um pouco o tanto que Angola nos tem dado”, disse.
O diplomata português, em início de função, realçou que, de forma simbólica, “os mais de mil convidados anualmente para a festa de Portugal, este ano estão representados por máscaras, medicamentos e equipamentos de biossegurança”.
“Recém-chegado que sou a Angola, para mim é muito mais gratificante ser portador desta mensagem que é concretizada em bens, que são necessários para tantos e para todos angolanos, para todos nós que acreditamos que este momento vai ser ultrapassado, é muito mais gratificante que meras palavras protocolares”, afirmou.
Em declarações à imprensa, Pedro Pessoa e Costa referiu que são vários os produtos doados, nomeadamente fatos de biossegurança, uma oferta da TAP para o aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, máscaras, gel, e medicamentos de farmacêuticas portuguesas, para o atual momento e pós-pandemia.
Questionado sobre os desafios por que estão a passar as empresas portuguesas em Angola, o embaixador português disse que registaram também uma redução da atividade por várias circunstâncias, mas estão a resistir.
“Todo este período do Estado de emergência e agora de calamidade também tem impacto na sua atividade, mas são empresas que também estão habituadas a muito mundo e esta é a prova provada que nesta situação, muitas vezes é mais pesada para as próprias empresas, quando se pede um apoio, um contributo generoso e solidário, elas cá estão”, salientou.
Por sua vez, o secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola, Franco Mufinda, agradeceu “a singela ajuda, o gesto que foi expresso pela comunidade portuguesa em, de uma forma ou de outra, colocar a mão na massa”.
Para o governante angolano, esta ajuda vem aumentar a capacidade institucional existente nesta tarefa de combate à pandemia, que conta com o envolvimento de mais de 15 mil profissionais da saúde apoiados infraestruturalmente com 3.000 camas para a covid-19, 200 ventiladores e 300 toneladas de material de biossegurança.
LUSA/HN
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