“Donald Trump quer ser considerado um presidente em tempos de guerra. Mas ao contrário de qualquer outro líder em tempos de guerra, não assume responsabilidade, não exerce liderança e agora acabou por desistir da luta”, disse Joe Biden num centro recreativo em Darby, na Pensilvânia, uma cidade nos subúrbios de Filadélfia.
O candidato democrata frisou que o presidente dos Estados Unidos está a tentar declarar a pandemia como terminada, mas o vírus continua a matar os norte-americanos e a causar estragos na economia.
“Sr. Presidente não deixe o povo americano enfrentar essa ameaça por conta própria sem orientação, recursos ou liderança do governo federal”, disse
Joe Biden, que nos últimos dias tem centrado as suas críticas à postura que Donald Trump assumiu em relação aos protestos motivados pela morte de George Floyd, no Minnesota, dedicou hoje o seu discurso de 15 minutos à atuação do presidente dos EUA no combate ao surto.
O candidato democrata à presidência dos EUA atacou Trump pela alta taxa de mortalidade por covid-19 no país e pelo estado da economia.
Joe Biden afirmou que não há qualquer “orientação clara” do governo federal sobre como as empresas devem responder à crise e alertou para as perspetivas económicas que podem piorar.
”Podemos perder parte do progresso que começamos a fazer porque ele [Trump] perdeu o interesse”, disse Biden.
Na semana passada, o democrata esteve reunido num restaurante dos subúrbios de Filadélfia com pequenos empresários para saber como é que a pandemia afetou os seus negócios.
Os empresários manifestaram preocupação com a falta de orientação do governo federal sobre a reabertura.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 445 mil mortos e infetou mais de 8,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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