O encerramento foi anunciado depois de o estado de Victoria ter registado 127 novas infeções nas últimas 24 horas, o maior número diário naquela região desde o início da pandemia, para além da morte de um homem de 90 anos.
Dos 127 novos casos, 53 tiveram origem nas cerca de 3.000 pessoas confinadas desde sábado em nove torres de habitação em Melbourne, capital do estado de Victoria, disseram as autoridades daquela região.
A população dos estados de Victoria e Nova Gales do Sul é de 13,9 milhões, que representam mais de 50% do total da Austrália.
Este é o primeiro encerramento daquela fronteira em cerca de 100 anos, e foi acordado num telefonema entre o chefe do executivo de Victoria, Daniel Andrews, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison e a responsável do Governo de Nova Gales do Sul, Gladys Berijiklian.
A vigilância da fronteira, que se estende por 4.635 km, será da responsabilidade do estado de Nova Gales do Sul, que pediu ajuda militar.
As autoridades australianas emitirão também autorizações especiais para pessoas que têm de atravessar a fronteira para trabalhar, especialmente em ocupações consideradas essenciais.
O encerramento da fronteira segue-se a um novo surto em Melbourne, capital do estado de Victoria, que se agravou nas últimas duas semanas, levando ao confinamento desde sábado de mais de 30 quarteirões na cidade de quase cinco milhões de habitantes, bem como de nove torres de habitação.
O ressurgimento do coronavírus é atribuído ao não cumprimento das medidas de contenção social por parte dos guardas de segurança dos hotéis, onde os viajantes que regressam a Melbourne cumprem uma quarentena de duas semanas.
O surto da Covid-19 em Melbourne, responsável por quase todas as infeções diárias na Austrália, pôs em risco a estratégia de normalização das atividades económicas do país, que registou mais de 8.500 casos, incluindo 105 mortes, desde o início da pandemia.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 531 mil mortos e infetou mais de 11,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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