Em comunicado, na sequência de uma moção aprovada por unanimidade, o executivo liderado por Alda Carvalho reclama “a inversão da política de desconsideração do Hospital dos Covões por parte do Governo”.
Essa política do Ministério da Saúde tem vindo “a destruir o hospital, com as limitações ou fecho de serviços”, como Neurologia, Neurocirurgia, Gastrenterologia e Doenças Infecciosas, entre outros, tendo já fechado a Cardiologia, ao nível da enfermaria, e o Laboratório de Hemodinâmica”, lamenta a Câmara Municipal.
Exigindo que aquele complexo de saúde de Coimbra, na margem sul do rio Mondego, “responda aos anseios das populações da região Centro”, a Câmara afirma que “as diversas valências e especialidades fizeram deste hospital uma referência nas escolhas e preferência da população do concelho” de Castanheira de Pera.
“O serviço de Pneumologia do Hospital dos Covões será transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), segundo veio a público, tal como a passagem do Serviço de Urgência Polivalente para Serviço de Urgência Básica”, sublinha.
A autarquia, no distrito de Leiria, defende que o Ministério da Saúde “fomente um plano consciente e uma visão que sirva os interesses das populações adjacentes de Coimbra (…), onde pela rapidez de deslocação e acessibilidades os munícipes de Castanheira de Pera pretendem continuar a ter assistência (…) com todos os serviços em pleno funcionamento”.
Aprovada na última sessão do executivo, por proposta da presidente, a moção foi enviada ao primeiro-ministro, António Costa, e à ministra da Saúde, Marta Temido, além dos partidos representados na Assembleia da República.
Da sub-região do Pinhal Interior, também a Assembleia Municipal e a Câmara da Lousã aprovaram este mês, por unanimidade, idênticas moções contra o alegado desmantelamento do Hospital dos Covões, uma causa que em Coimbra tem permitido a convergência de diferentes partidos, organizações sindicais e profissionais.
LUSA/HN
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