O Ministério da Saúde prevê um investimento de 522,1 milhões de reais (84,8 milhões de euros) na estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos, para ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas e tecnologia disponível para a proteção da população, bem como 1,3 mil milhões de reais (210 milhões de euros) em pagamentos previstos no contrato de encomenda tecnológica, sendo que os valores contemplam a finalização da vacina, segundo as autoridades.
O memorando de entendimento assinado esta sexta-feira com a farmacêutica “prevê o início da produção da vacina no Brasil a partir de dezembro deste ano e garante total domínio tecnológico para que Bio-Manguinhos tenha condições de produzir a vacina de forma independente”, pode ler-se no comunicado.
“O acordo entre [a fundação] Fiocruz [do Ministério da Saúde] e AstraZeneca é resultado da cooperação entre o Governo brasileiro e (…) britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde. O próximo passo será a assinatura de um acordo de encomenda tecnológica, previsto para a segunda semana de agosto, que garante acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina, das quais 30 milhões (…) entre dezembro e janeiro e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021”, acrescenta-se na mesma nota.
A vacina a produzir em Bio-Manguinhos será distribuída pelo Programa Nacional de Imunização e a assinatura deste memorando de entendimento “é mais um passo decisivo para a produção de uma vacina contra a covid-19 no Brasil, contribuindo para a soberania nacional”, asseguraram as autoridades brasileiras.
O Brasil, o segundo país no mundo com mais vítimas mortais causadas pela covid-19, registou esta sexta-feira um total de 92.475 mortes e 2.662.485 infeções provocadas pelo novo coronavírus, anunciou o Governo.
Segundo um relatório divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro, 52.383 casos e 1.212 óbitos foram notificados nas últimas 24 horas.
O executivo adiantou que 1.844.051 pessoas infetadas já são consideradas recuperadas, enquanto outras 725.959 permanecem sob acompanhamento.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 673 mil mortos e infetou mais de 17,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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