Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, 136 das 363 mortes ocorreram nos últimos três dias, mas só foram englobados nos dados de hoje, após confirmação da causa de óbito.
Contudo, a tutela da Saúde frisou que a contagem não incluiu os óbitos dos estados do Tocantins, de Roraima e do Amapá, que não enviaram os números registados nas últimas 24 horas. Assim, o número total de vítimas mortais no Brasil poderá ser maior.
As autoridades de saúde do país sul-americano investigam ainda se 2.407 mortes estão relacionadas com a Covid-19.
Por outro lado, um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, indicou que o país registou mais 370 óbitos e 15.915 novos infetados nas últimas 24 horas.
No total, o consórcio constituído pelos principais media do Brasil informou que o país contabiliza 4.544.262 casos e 136.895 mortos, desde o início da pandemia.
A taxa de letalidade da doença no país está fixada 3,0% e a taxa de incidência é agora de 65,1 mortes e de 2.162,6 casos por cada 100 mil habitantes.
Em relação ao número de recuperados, 3.851.227 de pessoas diagnosticadas conseguiram curar-se da Covid-19 em território brasileiro, enquanto 556.507 pacientes infetados estão, no momento, sob acompanhamento médico.
No Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia, 24 das suas 27 unidades federativas já contabilizam mais de 50 mil casos de infeção cada uma, e 23 têm mais de mil vítimas mortais.
No topo da lista dos estados com maior número de cidadãos infetados estão São Paulo (935.300), Bahia (295.303), Minas Gerais (270.053) e Rio de Janeiro (251.909).
Já as unidades federativas com maior número total de óbitos são São Paulo (33.952), Rio de Janeiro (17.677), Ceará (8.813) e Pernambuco (8.016).
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o Ministério da Saúde avisou os secretários estaduais que fará um inquérito sorológico com 600 mil pessoas no Brasil para avaliar a dimensão o total de infetados pela Covid-19 no país, e que deverá ser conduzido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
“O objetivo é estimar a prevalência da infeção pelo vírus SARS-CoV-2 em residentes das capitais, estados e regiões do país. O projeto está em fase de elaboração e contará com a participação da Opas e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)”, indicou o Ministério da Saúde, citado pela Folha de S.Paulo.
Na tarde de domingo, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, voltou a encontrar-se com apoiantes em Brasília, sem recorrer ao uso de máscara, que é obrigatório naquela região em “espaços públicos, vias públicas, equipamentos de transporte coletivo, e estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços”, conforme um decreto assinado pelo governador do distrito Federal, Ibaneis Rocha.
Bolsonaro juntou-se a um churrasco realizado ao ar livre, no centro da capital brasileira, em comemoração do Dia do Gaúcho, que comemora a “Revolução Farroupilha”, período em que a Província de São Pedro, atual estado do Rio Grande do Sul, declarou guerra contra o império.
Numa fotografia partilhada nas redes sociais do chefe de Estado, Bolsonaro posa ao lado de outras 12 pessoas, todas sem máscara e sem distanciamento social.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 957.948 mortos e mais de 30,8 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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