O relatório “Riscos Regionais dos Negócios 2020”, elaborado pelo Fórum Económico Mundial, em parceria com o Grupo Marsh & McLennan Companies e o Grupo Zurich, contou com a participação de cerca de 12.000 líderes empresariais de 128 países, dos quais 156 de Portugal.
Segundo o documento, o risco que mais preocupa os empresários em Portugal passou a ser em 2020 “a propagação de doenças infecciosas”, seguindo-se a “falha de mecanismo financeiro ou institucional”, o “desemprego ou subemprego”, a “bolha de ativos” e os “ataques cibernéticos”.
Em 2019, o principal risco identificado pelos empresários portugueses era a “bolha de ativos”, seguindo -se a “falha de mecanismo financeiro ou institucional”, a “falha de governance [governança] nacional”, os “ataques cibernéticos” e as “crises fiscais”.
A nível mundial, o “desemprego” é a maior preocupação dos líderes empresariais em 2020, contra as “crises fiscais” que ocupavam o primeiro lugar em 2019 e que descem, este ano, para o terceiro lugar.
As “doenças infecciosas” subiram 28 lugares no ‘ranking’ mundial e ocupam o segundo lugar, sendo o risco mais recorrente a ocupar o Top 10 em todas as regiões, exceto no Sudeste Asiático.
O questionário analisa 30 riscos, incluindo ataques terroristas, fenómenos meteorológicos extremos e colapsos ou crises de Estado.
Os riscos para os negócios relacionados com o clima estão também a subir no ‘ranking’ este ano, como é o caso das “catástrofes naturais” (sobem sete lugares), os “fenómenos meteorológicos extremos” (sobem cinco), a “perda da biodiversidade”, o “colapso dos ecossistemas” (sobem oito) e a “falha de adaptação às alterações climáticas” (sobem dois).
Por sua vez, os riscos associados a “catástrofes ambientais provocadas pelo homem” descem seis lugares, a “falha de planeamento urbano” cai sete lugares e os “ataques terroristas” descem nove posições.
“As disrupções de emprego causadas pela pandemia, o aumento da automação e a transição para economias mais verdes são fundamentalmente mercados de trabalho em evolução”, começa por dizer a diretora-geral do Fórum Económico e Mundial, Saadia Zahidi, citada no comunicado.
“Ao sairmos desta crise, os líderes têm uma oportunidade única para criar novos empregos, com rendimentos dignos, e redesenhar redes de segurança social que correspondam aos desafios dos mercados de trabalho de amanhã”, acrescenta Saadia Zahidi.
LUSA/HN
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