Caso atinjam este objetivo, significará um recorde no desenvolvimento de vacinas, nove meses após a primeira parte pelo novo coronavírus naquele país, noticia a agência.
O eventual surgimento de vacinas contra a covid-19 antes de 2021 não será, no entanto, suficiente para conter a pandemia, que continua a atingir os Estados Unidos em grande escala.
O número oficial de infeções nos EUA ultrapassou hoje os oito milhões, um número considerado aquém da realidade, já que estudos de anticorpos revelam que cerca de 10% da população daquele país já foi infetada, o que corresponde a cerca de 30 milhões.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esperava por uma vacina ainda antes das eleições presidenciais em 03 de novembro, mas a indústria farmacêutica concordou em esperar mais algumas semanas, a pedido das autoridades de saúde, para detetar possíveis efeitos secundários graves entre as dezenas de milhares de participantes em ensaios clínicos.
O CEO da Pfizer, que é sócia da empresa alemã BioNTech, Albert Bourla, anunciou hoje que aguarda uma prova de eficácia até o final de outubro, mas que espera até à terceira semana de novembro para entregar o processo na agência norte-americana do medicamento (FDA, em inglês) a solicitar uma autorização de emergência, “assumindo que os dados sejam positivos”.
Já a empresa de biotecnologia Moderna aponta ‘baterias’ para 25 de novembro.
Falta saber quanto tempo os especialistas da FDA irão levar para estudar todos os dados e dar, ou não, luz verde à sua utilização.
O Governo já se prepara para a enorme logística que será necessária, com o objetivo de iniciar a distribuição das primeiras doses em até 24 horas a partir de qualquer autorização.
Funcionários do programa governamental Warp Speed anunciaram hoje uma parceria com as gigantes redes de farmácias CVS e Walgreens para administrar as vacinas em 50 mil lares de idosos em todo o país.
Para o diretor do Instituto de Doenças Infeciosas, Anthony Fauci, os norte-americanos não devem esperar um retorno imediato da ‘normalidade’ e lembrou que tudo vai depender da eficácia das vacinas e da sua aceitação pela população.
“Podemos não ser capazes de encontrar cinemas lotados ou estádios cheios de espectadores durante meses e meses em 2021, se não mais tarde”, sublinhou hoje, durante uma entrevista à Universidade Johns Hopkins.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e nove mil mortos e quase 39 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (217.717) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 7,9 milhões).
LUSA/HN
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