Esses diagnósticos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 referem-se tanto a utentes seniores como a funcionários das referidas estruturas sociais do distrito de Aveiro, sendo que todos os infetados estão ainda assintomáticos e a ser acompanhados medicamente nas próprias instituições onde residem.
“Nesta fase todos estão bem, sem sintomas e a ser devidamente seguidos, para se avaliar com cuidado como evolui a sua condição clínica”, disse à Lusa o presidente da Câmara Municipal da Feira, Emídio Sousa.
No lar da Casa Ozanam, que é propriedade da organização católica Sociedade de São Vicente de Paulo, entre os 22 casos positivos há 19 utentes e três funcionários da casa. Já no que se refere aos nove infetados do lar da Misericórdia, sete são residentes da instituição e dois são elementos da equipa técnica.
Emídio Sousa afirma que “todos os doentes estão a ser muito bem acompanhados”, até porque ambas as instituições “têm planos de contingência rigorosos com circuitos separados bem definidos para casos positivos e negativos”, mas admite que a situação epidemiológica geral do município é “preocupante”.
“Estivemos sempre preocupados, mas a disseminação agora é muito maior e é preciso que as pessoas se mentalizem que não podem facilitar”, alertou o autarca social-democrata.
Com cerca de 140.000 habitantes num território de 213,4 quilómetros quadrados, Santa Maria da Feira é um dos municípios que o Governo inclui na lista dos que apresentam elevado risco de contágio de covid-19, a doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2.
Segundo o vereador local com o pelouro da Proteção Civil, Vítor Marques, o último balanço epidemiológico da autarquia indicava esta sexta-feira “cerca de 250 casos ativos” de infeção pelo SARS-CoV-2, o que contribuía para um acumulado global de “38 óbitos e 1.418 infetados desde março”, quando a doença foi inicialmente detetada em solo português.
O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de covid-19 foi identificado na China em dezembro de 2019 e já matou entretanto quase um 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, infetando mais de 52,7 milhões.
Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados de infeção se registaram a 02 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde indicava sexta-feira 3.250 óbitos entre 204.664 infeções confirmadas.
LUSA/HN
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