As ações de sensibilização foram asseguradas “através de 121 equipas do Exército, cinco da Marinha e quatro da Força Aérea”, indicou o gabinete do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante Silva Ribeiro, em comunicado.
Em apoio ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a intervenção das Forças Armadas pretende “chegar aos mais de 2.700 lares de idosos de todo o país”, com o objetivo de sensibilizar os funcionários destas instituições para as medidas preventivas da propagação por covid-19, inclusive “práticas de higienização e limpeza, estabelecimento de circuitos e uso de equipamento de proteção individual”.
Neste sentido, as ações de sensibilização visam contribuir para a segurança de todos os que contactam com as estruturas residenciais para pessoas idosas, desde os funcionários aos utentes e respetivos familiares.
“Após o término destas ações, a Direção de Saúde Militar do Estado-Maior-General das Forças Armadas, irá promover sessões complementares, realizadas remotamente, para o eventual esclarecimento de dúvidas”, avançou o gabinete do CEMGFA.
Em 23 de outubro, as Forças Armadas contabilizavam 364 ações de sensibilização dirigidas a funcionários de lares para prevenção e combate à covid-19, revelou o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, garantindo que vão percorrer todas as estruturas residenciais para idosos do país.
“Os lares têm as populações mais vulneráveis e, portanto, queremos ir a cada um dos 2.770 lares que o país tem para promover ações de sensibilização”, afirmou à agência Lusa João Gomes Cravinho, à margem de uma ação num lar da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, no distrito de Lisboa.
De acordo com o governante, “houve situações em que não se aplicaram as boas normas de utilização e houve surtos” e, por isso, as Forças Armadas estão a “contribuir para que os riscos sejam conhecidos e que se façam ações precoces para evitar surtos nos lares”.
Trata-se de ações presenciais de sensibilização e demonstração sobre boas práticas relacionadas com cuidados gerais, pessoais e na instituição a adotar, utilização de equipamentos de proteção individual, limpezas e desinfeções e circuitos a implementar, com o objetivo de contribuírem para a segurança de auxiliares, utentes e funcionários.
O ministro explicou que as ações de sensibilização são complementadas com formação “online”.
As ações contam com a participação de especialistas de saúde militar multidisciplinares, desde médicos, enfermeiros e farmacêuticos, estando constituídas cerca de 130 equipas do Exército, cinco da Marinha e quatro da Força Aérea.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.305.039 mortos resultantes de mais de 53,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.305 pessoas dos 211.266 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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