As crianças com progéria, uma desordem genética, morrem no início da adolescência, geralmente de doença cardíaca. Mas nos testes, as crianças medicadas com Zokinvy viveram em média mais dois anos e meio.
A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou o medicamento para a progéria, desenvolvido por um centro de pesquisa em Peabody, estado do Massachusetts.
“É apenas o primeiro. Vamos encontrar mais e melhores tratamentos”, indicou o médico Leslie Gordon, diretor da Progeria Research Foundation.
Gordon, um médico pediatra e investigador no Hasbro Children’s Hospital em Providence, Rhode Island, criou a fundação em 1999 com a sua irmã e o marido desta, pouco após o filho do casal, Sam, ter sido diagnosticado. Morreu em 2014, aos 17 anos.
Cerca de 400 pessoas no mundo sofrem de progéria ou doenças relacionadas, incluindo 20 nos Estados Unidos. A desordem provoca inibição no crescimento, rigidez articular, perda de cabelo e uma pele envelhecida. As crianças com esta doença sofrem frequentas ataques e um endurecimento das artérias coronárias, e morrem aos 14 anos e meio de idade, em média.
A doença não é hereditária e consiste numa alteração na mutação dos genes que provoca danos nas células de uma proteína designada progeria, que fornece o nome a esta desordem.
O novo medicamento bloqueia a produção e acumulação da proteína, retardando os seus efeitos nocivos e o envelhecimento prematuro.
LUSA/HN
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