De acordo com fonte oficial das Finanças, numa nota enviada hoje à Lusa que antecipa a Síntese da Execução Orçamental da Direção-Geral do Orçamento a ser divulgada na próxima semana, a “despesa do SNS acumulada até outubro acelerou e tem um crescimento muito elevado de 5,8 % (+502,8 ME), atingindo máximos históricos”.
“Já a despesa mensal do mês de outubro cresceu a uma taxa extraordinária de 9% em termos homólogos”, de acordo com o gabinete do ministro João Leão.
O Ministério das Finanças refere, ainda, que o “forte crescimento da despesa” se explica “pela aceleração das despesas com pessoal” de 6,1% (+212,3 milhões de euros), “em resultado do crescimento muito elevado do número de profissionais de saúde comparando com o período homologo”.
Outras razões apontadas são o investimento no SNS, que mais do que duplicou, ao subir 108,3% (112,7 milhões de euros) para 216,8 milhões, bem como as despesas com aquisições de bens e serviços, que cresceram 2,8% (135,7 milhões de euros).
O investimento no SNS já tinha aumentado 119% até setembro, em termos homólogos, atingindo 187 milhões de euros e ultrapassando a execução completa do ano 2019, em que somou 156 milhões, divulgou em outubro o Ministério das Finanças.
De acordo com as Finanças, até setembro a evolução refletiu a “forte dinâmica de crescimento no âmbito do plano de investimentos Ferrovia 2020 e de outros investimentos estruturantes e, ainda, a aquisição de material médico para o combate à covid-19 destinado aos hospitais”.
O défice das contas públicas agravou-se em 7.767 milhões de euros até setembro face ao período homólogo, totalizando 5.179 milhões de euros, anunciou o Ministério das Finanças em comunicado, em 27 de outubro.
LUSA/HN
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