“Infelizmente, é verdade. As operárias começaram a sentir que havia cada vez menos trabalho e pedimos imediatamente uma reunião à administração, durante a qual nos comunicaram que já tinham apresentado o pedido a insolvência no dia 19 e que a empresa ia mesmo fechar”, afirmou a presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, Marisa Tavares.
A empresa tem previsto encerrar esta sexta-feira (dia 27) e as trabalhadoras já começaram a receber cartas de despedimento, adiantou.
“O que nos disseram na reunião é que não tinham trabalho suficiente para se manterem, e que isso decorria da pandemia”, acrescentou a responsável desta estrutura sindical afeta à CGTP.
Maria Tavares adiantou que já foi nomeado um administrador de insolvência, que o sindicato espera que ainda possa estabelecer diligências no sentido de procurar verificar se há algum empresário ou empresas que queira ajudar a viabilizar a fábrica e a manter os postos de trabalho.
Além disso, assegurou, o Sindicato Têxtil vai continuar a acompanhar a situação para garantir que os direitos dos trabalhadores são todos salvaguardados e que o património da empresa é protegido no sentido de poder ser usado para garantir os pagamentos que falta fazer aos trabalhadores, nomeadamente o ordenado deste mês e o valor relativos aos subsídios de férias.
A agência Lusa tentou contactar a empresa, mas diversos contactos telefónicos foram infrutíferos.
LUSA/HN
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