Polícia belga detém 20 pessoas em marcha contra recolher obrigatório

29 de Novembro 2020

A polícia belga deteve 20 pessoas no sábado à noite, em Liège, após uma marcha de cerca de 500 manifestantes contra o recolher obrigatório introduzido para conter a pandemia covid-19, informaram hoje as autoridades.

Por volta das 22:15 locais, durante o recolher obrigatório implementado entre as 22:00 e as 06:00, a polícia parou o avanço dos manifestantes ainda na rua e procedeu à sua identificação.

Na marcha, que visava denunciar a “violação das liberdades” que os participantes consideram que representa a imposição do recolher obrigatório, a polícia acabou por deter cinco pessoas por perturbarem a ordem pública e 12 por tentarem forçar um bloqueio na estrada.

Outros dois foram presos por rebelião armada e um por degradação intencional.

A polícia, citada pela agência France Presse, informou ainda que quatro pessoas ficaram feridas durante as marchas e vários infraestruturas foram vandalizados, como paragens de autocarro e barreiras.

A Bélgica é um dos países mais afetados no mundo pela pandemia de covid-19 e anunciou na sexta-feira a manutenção das medidas de confinamento parcial decididas no final de outubro, mas permitindo a reabertura das lojas a partir de terça-feira.

O encerramento de bares, restaurantes e cafés, a obrigação de teletrabalho, sempre que possível, a limitação dos contratos sociais e o recolher noturno permanecem em vigor.

O país, com 11,5 milhões de habitantes, registou cerca de 16.500 mortes relacionadas com o novo coronavírus desde o início da pandemia.

O primeiro ministro, Alexander de Croo, declarou na sexta-feira que todos os indicadores melhoraram nas últimas semanas, mas não o suficiente para prever o alívio de medidas de contenção antes de meados de janeiro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,4 milhões de mortos em mais de 61,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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