Brasil recebe ingredientes para preparar um milhão de doses da CoronaVac

3 de Dezembro 2020

Um total de 600 litros de ingredientes que serão usados para preparar um milhão de doses da 'CoronaVac', vacina do laboratório chinês Sinovac contra a covid-19, ainda a ser testada, chegou hoje à cidade brasileira de São Paulo.

O lote soma-se às 120 mil doses prontas recebidas por São Paulo há duas semanas, quando começaram as entregas das 46 milhões de doses compradas pelo governo regional para atender a população do estado.

Os insumos para a fabricação da ‘CoronaVac’, cuja produção e aplicação serão coordenadas pelo Instituto Butantan, principal centro de referência imunológica do Brasil, aterraram esta manhã no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

“Viemos aqui para receber mais um lote da vacina ‘CoronaVac’, a do Butantan, a vacina que vai salvar a vida de milhões de brasileiros”, disse o governador de São Paulo, João Doria, após a chegada dos suprimentos.

A matéria-prima que será utilizada na preparação da vacina foi acondicionada em três bolsas de 200 litros cada e colocada em refrigeração a temperaturas de 2 a 8 graus celsius.

Durante o processo de produção, que será feito ininterruptamente, os insumos serão embalados pelo Butantan em frascos multidose, procedimento que deve durar de quatro a sete dias e envolverá diretamente cerca de 40 funcionários do Instituto.

“Estamos completando mais uma etapa fundamental para que a vacina esteja disponível em tempo recorde para os brasileiros. A tecnologia e a experiência do Butantan nos permitem fazer parte do processo de produção em nossa própria fábrica e estamos trabalhando para produzir a vacina em breve na íntegra”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que também recebeu o lote no aeroporto de Guarulhos.

Antes de iniciar a fabricação no Butantan, os insumos da ‘CoronaVac’ passarão por testes de avaliação para validar a qualidade do produto e do processo de produção.

A vacina chinesa só estará disponível para a população brasileira quando for verificada a sua eficácia, o que deve ocorrer após a conclusão da terceira fase dos estudos clínicos, e posterior aprovação e registo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil.

O imunizante está em fase final de testes clínicos em humanos no Brasil e deve ter os resultados de eficácia anunciados na primeira quinzena de dezembro.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (mais de 6,4 milhões de casos e 174.515 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.482.240 mortos resultantes de mais de 63,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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