Presidente eleito dos EUA designa procurador latino da Califórnia para dirigir a Saúde

7 de Dezembro 2020

O Presidente eleito dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, escolheu o procurador-geral da Califórnia, o latino Xavier Becerra, para dirigir o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, pasta fundamental no combate à Covid-19, anunciou a imprensa.

Segundo o jornal The New York Times, que citou no domingo responsáveis envolvidos nas discussões sobre a transição, Joe Biden optou por Becerra, natural de Sacramento (Califórnia) e de pais mexicanos, após as queixas do Caucus Hispânico do Congresso sobre o escasso número de latinos no futuro executivo.

As fontes citadas pelo diário norte-americano precisaram que a eleição de Becerra, 62 anos, converteu-se numa opção clara para Biden nos últimos dias e constituiu uma surpresa, pelo facto de o seu perfil estar mais orientado para temas de justiça penal, imigração e política fiscal, e era apontado como um possível candidato a procurador-geral do país.

No entanto, e na qualidade de procurador-geral da Califórnia, liderou os esforços para proteger a Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente (ACA ou “Obamacare”), face às intenções dos republicanos em anular esta lei federal.

Após a eventual confirmação pelo Senado da sua nomeação para o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês), enfrentará o desafio de dirigir este departamento num momento vital da pandemia do novo coronavírus que já provocou nos EUA mais de 282 mil mortos e mais de 14,7 milhões de pessoas infetadas, e que atingiu em particular as minorias, quer latinos como afro-americanos.

Becerra foi deputado no Congresso nacional durante 24 anos antes de se tornar procurador-geral da Califórnia em 2017, o primeiro latino a ocupar o cargo.

Proveniente de uma família da classe trabalhadora, cuja mãe emigrou do México para os EUA, Xavier Becerra graduou-se em Direito na Universidade de Stanford.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.529.324 mortos resultantes de mais de 66,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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