Cerca de mil camionistas parados em Inglaterra impedidos de entrar em França

22 de Dezembro 2020

Os cerca de mil camionistas que passaram a segunda noite no interior dos veículos parados no condado de Kent, sudeste de Inglaterra, continuam à espera de que a França reabra a fronteira do túnel do Canal da Mancha, encerrado devido à pandemia de Covid-19.

De acordo com o Governo britânico, 945 camiões de vários países estão parados perto do porto de Dover.

As autoridades francesas decidiram no domingo à noite encerrar a fronteira com o Reino Unido após a confirmação de uma nova variante de SARS-CoV-2, mais contagiosa.

O diretor da Associação Britânica dos Transportes por Estrada (RHA, na sigla em inglês), Rod McKenzie, disse esta terça-feira que os condutores passaram a segunda noite na estrada e que muitos profissionais são motoristas da Europa continental que tentam “chegar a casa antes do dia de Natal”.

McKenzie queixou-se também da atuação da autarquia de Kent, porque apenas “ofereceu aos motoristas uma barra de cereais”, considerando-o “um esforço muito pobre por parte das autoridades locais”.

“Não estamos a tratar bem os condutores dos camiões, nestas condições muito difíceis em que se encontram”, acrescentou.

À semelhança do que se passa no terminal de Dover no acesso ao Eurotúnel – que une o Reino Unido a França -, encontra-se suspenso o acesso ao terminal de Flokestone, no sudeste de Inglaterra.

No sábado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou novas medidas em Londres e regiões do sudeste de Inglaterra, incluindo a recomendação contra as viagens ao estrangeiro, devido à nova variante detetada.

Devido ao risco da nova estirpe do vírus, mais de 30 países proibiram viagens do Reino Unido, incluindo a maior parte da Europa, Canadá, Turquia e Hong Kong, e França proibiu a entrada de mercadorias durante 48 horas, gerando o receio de escassez de alguns produtos nos supermercados britânicos.

O Reino Unido realmente depende da importação de certos tipos de alimentos, nomeadamente a maioria (84%) de fruta fresca, quase metade dos vegetais e cerca de um terço da carne de porco.

LUSA/HN

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