Em conferência de imprensa ao final da tarde, no Palácio da Ajuda (Lisboa), Marta Temido explicou que a prioridade de vacinação contra a covid-19 nos lares de idosos e unidades de cuidados continuados integrados foi definida com base no mapa de risco.
Os primeiros a receber a vacina a partir de segunda-feira, quando está prevista a chegada a Portugal de mais doses, são as 150 estruturas identificadas nos 25 concelhos com risco extremamente elevado.
Por região, são 11 no Norte, cinco no Centro, um em Lisboa e Vale do Tejo e oito no Alentejo.
Na semana seguinte, a partir de 11 de janeiro, a vacinação avança para os lares de idosos dos restantes concelhos.
Marta Temido disse também que até agora não foi detetado nenhum caso de reação grave à vacina e que foram relatadas reações leves em alguns momentos, mas não motivaram qualquer notificação.
De acordo com a ministra, a acontecer essa reação “os profissionais de saúde sabem como proceder”, sendo que quando a população em geral começar a ser vacinada “a indicação poderá ser a de contactar com a linha de saúde 24, que poderá encaminhar para a unidade onde foi administrada a vacina”.
Nas respostas aos jornalistas, Marta Temido disse também que o Ministério da Saúde faz na quarta-feira uma reunião informal com os cinco hospitais que iniciaram a vacinação contra a covid-19 no domingo, para perceber o que correu bem e menos bem, para melhorar.
Também questionada pelos jornalistas Marta Temido disse que Portugal se mantém no processo de compras conjuntas de vacinas da União Europeia (em vez de comprar diretamente à farmacêutica) e desvalorizou que 140 profissionais do Hospital de Viseu tenham decidido não tomar a vacina.
A ministra recordou que a vacinação é facultativa, e que há razões várias, e pessoais, para que pessoas optem por não se vacinar neste momento. “Se as pessoas entenderem que precisam de mais informação aguardaremos por elas”, disse.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.775.272 mortos resultantes de mais de 81,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 6.751 pessoas dos 400.002 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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