OMS diz que o grande desafio para 2021 é juntar 4 mil milhões para vacinas

30 de Dezembro 2020

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o grande desafio no combate à pandemia da Covid-19 em 2021 é juntar os quatro mil milhões de dólares que considera necessários para garantir acesso a vacinas para os países mais pobres.

Numa mensagem vídeo divulgada esta quarta-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, apontou as vacinas já aprovadas e as restantes candidatas em avaliação como “a grande esperança para virar o curso da pandemia”, mas para isso é preciso “garantir que todas as pessoas em risco em todo o Mundo sejam imunizadas”.

A iniciativa global de partilha e acesso equitativo às vacinas promovida pela OMS, a Covax, “precisa de mais de quatro mil milhões de dólares urgentemente para comprar vacinas para os países de baixos e médios rendimentos”, reiterou.

“É o desafio que precisamos de superar no novo ano”, considerou, indicando que o objetivo é garantir o acesso a dois mil milhões de doses das várias vacinas candidatas contra o novo coronavírus.

Ghebreysesus declarou que há “uma escolha simples mas profunda” a fazer no próximo ano: “ignoramos as lições de 2020 e deixamos prevalecer a insularidade, sectarismo, teorias da conspiração e ataques à Ciência ou caminhamos juntos os últimos quilómetros desta crise, partilhando as vacinas de forma justa?”.

“Em 2020 vimos como as divisões políticas e entre comunidades alimentam o vírus e fomentam crises”, lamentou.

Como vai levar tempo para concretizar uma campanha global de vacinação em massa, será preciso continuar a cumprir medidas de distanciamento físico, uso de máscara, etiqueta respiratória e higiene das mãos, insistiu.

Na véspera do aniversário do primeiro anúncio de casos de “pneumonia de origem desconhecida” na cidade chinesa de Wuhan, que viriam a descobrir-se ser provocados pelo SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, o diretor-geral da agência da ONU salientou que foi um ano marcado por “tantas vidas perdidas e tantas perturbações nas famílias, sociedades e economias”.

Ao mesmo tempo, verificou-se “a resposta mais rápida e generalizada a uma emergência sanitária global da história da Humanidade”, ressalvou.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 6.830 pessoas dos 406.051 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

A má comunicação pode ser agressiva ao cidadão?

Cristina Vaz de Almeida: Presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde; Doutora em Ciências da Comunicação — Literacia em Saúde. Presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde. Diretora da pós-graduação em Literacia em Saúde. Membro do Standard Committee IHLA — International Health Literacy Association.

Crise de natalidade no Japão atinge o seu pico

O Japão registou, em 2024, a taxa de natalidade mais baixa de sempre, segundo estimativas governamentais e, no momento em que a geração “baby boom” faz 75 anos, o país confronta-se com o “Problema 2025”, segundo especialistas.

Cientistas detectam genótipos cancerígenos de HPV em esgotos urbanos

Cientistas uruguaios identificaram genótipos de HPV ligados ao cancro do colo do útero em águas residuais urbanas, sugerindo que a monitorização ambiental pode reforçar a vigilância e prevenção da doença em países com poucos dados epidemiológicos.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights