“Queremos que as escolas fechem, não faz sentido [continuarem abertas]. Muitos têm de vir de transportes públicos apinhados”, disse à Lusa Constança Ugando, aluna do 12.º ano.
De acordo com esta estudante, é necessário o Governo ter em conta que Portugal tem estado nos lugares cimeiros do número de casos por milhão de habitantes de Covid-19, e que os alunos estão descontentes e com medo do que se está a passar.
“Aqui fora cumprimos o distanciamento, na sala de aula nem é preciso esticar o braço para tocar na mesa do meu colega do lado”, exemplificou.
“Em causa está a saúde de cada um de nós e das nossas famílias, muitos até doentes de risco”, denunciou também.
Segundo a jovem de 17 anos, o Governo deveria considerar o “pedido explícito” da Ordem dos Médicos para que os estabelecimentos escolares fechem.
Na nota em que deram conta do protesto, os jovens do 12.º ano referem que o facto de o Governo não ter na segunda-feira, aquando da apresentação de medidas mais restritivas, apresentado o fecho das escolas é “uma afronta à comunidade escolar e a todos os que a ela estão associados”, bem como aos médicos.
“As novas variantes que já se verificou afetarem os mais novos e um vírus que continua a matar centenas de pessoas por dia em todo o país – não é seguro sair às ruas, quanto menos frequentar aulas em salas em que a distância de segurança não é mantida, corredores cheios de alunos”, pode ler-se ainda na nota.
Segundo a representante, as aulas na escola secundária estão a funcionar e ninguém está a ser impedido de entrar na sala, desde as 08:15, hora em que os alunos se concentraram à porta da escola, localizada em Alvalade.
LUSA/HN
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