Em comunicado, aquela estrutura partidária refere que “o aumento exponencial do número de infeções e de mortos” impõe “que sejam tomadas medidas mais restritivas” e que “este é o tempo da política”.
“Não podemos esperar por subterfúgios técnicos para tomar decisões inadiáveis. As escolas têm de encerrar, em especial o terceiro ciclo e o secundário”, frisou.
No seu entender, “o problema não se coloca ao nível da aprendizagem dos alunos” e “não será um mês de aulas em ensino à distância que colocará em causa o percurso escolar”, havendo sempre “forma de corrigir e recuperar”.
“O que não pode esperar mais tempo é a saúde das nossas comunidades”, defende o PSD Viseu, lamentando que “a falta de coragem política e a ausência de antecipação do problema” esteja a criar um impasse.
A estrutura partidária considera que “o atraso na tomada de decisão só de justifica porque o Governo, o Ministério da Educação, não criou condições para garantir igualdade no acesso aos meios digitais, como se havia comprometido”.
“Tal como nos computadores que deveriam ter chegado às escolas no início do ano letivo, hoje era o dia para iniciar os testes rápidos nas escolas, anunciou o primeiro-ministro. Mais uma manobra de propaganda para a televisão à imagem do que aconteceu com o início do processo de vacinação”, lamenta.
Segundo o PSD, “não há certeza de quando começarão os testes” na região de Viseu, nem se sabe “se há equipas disponíveis para o fazer, uma vez que a prioridade é vacinar”.
“Será que ainda temos de esperar pela testagem dos alunos para proteger os alunos e as famílias, permanecendo em casa? Será que temos de continuar a manter centenas de turmas confinadas em casa enquanto outras se mantém expostas ao risco?”, questiona, pedindo aos autarcas e às autoridades de saúde que sejam “firmes na defesa das comunidades”.
A Comissão Municipal de Proteção Civil de Viseu exigiu hoje a suspensão da atividade letiva e educativa em regime presencial do terceiro ciclo e ensino secundário, “passando estes níveis de escolaridade a funcionar na modalidade de ensino à distância, por um período de 15 dias, e com posterior avaliação”.
Também a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões pediu hoje ao primeiro-ministro uma reanálise do funcionamento das escolas com o objetivo de colocar os alunos do terceiro ciclo, secundário e superior no ensino à distância, “enquanto os rácios de crescimento da pandemia tiverem estes indicadores”.
LUSA/HN
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