Hospital de Santo António no Porto quer ter 3.510 profissionais vacinados até ao fim do mês

22 de Janeiro 2021

O Centro Hospitalar e Universitário do Porto (CHUP) conta ter até, ao final da próxima semana, 3.510 profissionais vacinados contra a Covid-19, num processo com um registo “relativamente banal” de efeitos secundários adversos, disse hoje o diretor clínico.

“Tivemos 14 notificações ao serviço de saúde ocupacional, todas elas previstas. Dito de forma grosseira, são sintomas gripais: febre, dores de cabeça, dores musculares, cansaço. São efeitos secundários relativamente banais e triviais. Não registamos reação anafilática à injeção. O processo tem corrido muito bem. Vacinamos um profissional por minuto”, disse José Barros.

O diretor clínico do CHUP, que engloba o Hospital de Santo António, no Porto, falava à agência Lusa no dia em que estão a receber a segunda toma da vacina 2.166 profissionais de saúde, depois da primeira dose administrada no final de dezembro.

Somam-se 1.344 profissionais que foram vacinados a 06 de janeiro e vão repetir a segunda dose na próxima semana.

“Ficamos com 3.510 profissionais vacinados. [Este número] praticamente engloba todos aqueles que prestam cuidados direto com os doentes, portanto mais em risco de infeção [pelo novo coronavírus]”, descreveu.

José Barros explicou que ficarão a faltar cerca de mil pessoas de um universo de cerca de cinco mil que caracteriza o CHUP.

Entre os profissionais não vacinados prioritariamente estão aqueles que não prestam cuidados diretos a doentes (pessoas que trabalham na alimentação, logística e higiene), os 180 estudantes de Medicina do sexto ano e 600 funcionários de áreas administrativas e financeiras, entre outras.

O diretor clínico do Hospital de Santo António também somou os 430 profissionais que viveram Covid-19 nos meses anteriores ao processo de vacinação, sendo considerado que “por terem tido contacto com o vírus estão atualmente mais protegidos”.

“Mas também é importante que sejam todos vacinados para criarmos um microclima de pessoas vacinadas. Compreendemos que primeiros são os grupos prioritários”, disse José Barros.

O responsável contou à Lusa que 65 profissionais recusaram tomar a vacina contra a Covid-19 por razões médicas como gravidez, amamentação ou patologias que desaconselham a vacinação, enquanto quatro pessoas “não quiseram ser vacinadas por não confiarem na vacina”.

“Não consideramos que seja significativo quando estamos a falar num universo de cinco mil pessoas. E os 65 não disseram não à vacina, disseram apenas ‘não agora’. Outro dado importante é que é provável que após a segunda vacinação se registem mais efeitos colaterais. Está previsto e está descrito. Os profissionais sabem, estão alertados, informados e acompanhados”, completou o diretor clínico.

O CHUP junta o Hospital de Santo António, o Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN), o Centro Integrado de Cirurgia de Ambulatório (CICA) e o Centro de Genética Médica Doutor Jacinto Magalhães (CGMJM).

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, enquanto em Portugal, morreram 9.686 pessoas dos 595.149 casos de infeção confirmados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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