Desviados mais de 14 milhões de euros da luta contra a pandemia na África do Sul

5 de Fevereiro 2021

Cerca de 17 milhões de dólares (14,1 milhões de euros) de fundos destinados à luta contra a Covid-19 na África do Sul foram desviados para a fraude, corrupção e sobrefaturação, disse esta sexta-feira o chefe de uma equipa de investigadores.

O próprio Presidente Cyril Ramaphosa tinha ordenado uma investigação em 2020, após a publicação de relatórios de contratos governamentais adjudicados com base no patrocínio político.

O chefe dos investigadores, Andy Mothibi, anunciou que os processos tinham sido arquivados num tribunal especial para recuperar 17,3 milhões de dólares (14,3 milhões de euros) em fundos públicos indevidamente concedidos.

“Temos de recuperar este dinheiro e devolvê-lo ao Estado”, disse numa declaração televisiva Mothibi, que dirige a Unidade Especial de Investigação (SIU), uma organização independente anticorrupção.

Os investigadores descobriram numerosas irregularidades na utilização de fundos públicos: sobrefaturação, compra de produtos desnecessários, adjudicação de contratos a empresas não licenciadas, entre outras.

“Em alguns casos, foi exercida pressão política”, afirmou Mothibi.

Cerca de 40 casos serão investigados por possível fraude ou corrupção.

No total, a África do Sul gastou 2 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) em compras relacionadas com a pandemia provocada pelo novo coronavírus, entre abril e novembro de 2020, de acordo com o Departamento do Tesouro. As despesas em quase metade deste montante estão a ser investigadas.

Com pelo menos 1,46 milhões de infetados e mais de 44.600 mortos, a África do Sul é o país mais afetado do continente.

A epidemia na África do Sul foi acelerada por uma nova variante, suspeita de ser mais contagiosa.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortos resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Lusa/HN

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