Estas posições foram transmitidas pelo secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, após ter estado reunido por videoconferência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o prolongamento do estado de emergência por mais 15 dias no país para contenção da covid-19.
“O PS transmitiu ao senhor Presidente da República o apoio à renovação do estado de emergência. As informações conhecidas na terça-feira são encorajadoras, mas não dispensam a manutenção do confinamento, declarou José Luís Carneiro.
Neste ponto, o secretário-geral adjunto do PS referiu-se a fatores negativos como os atrasos na entrega das vacinas por parte das companhias e da indústria farmacêuticas e as mutações que se verificam no novo coronavírus, tornando assim “um imperativo” a manutenção do confinamento.
“De acordo com os dados conhecidos, o confinamento deve ser sem exceções e deverá manter-se pelo menos até meados de março, sendo então objeto de avaliação para verificar se é necessário prolongá-lo até ao fim desse mês”, declarou o “número dois” da direção dos socialistas.
Interrogado sobre a possibilidade de o confinamento atual se estender mesmo para além das férias da Páscoa, ou seja, abranger os primeiros dias de abril, José Luís Carneiro respondeu que isso “não foi hoje objeto de apreciação com o Presidente da República”.
“Tratámos da avaliação dos próximos 15 dias. Dentro de 15 dias vamos reavaliar estas medidas e não deixaremos de ponderar o que importa fazer nos próximos tempos”, afirmou o dirigente socialista.
Perante os jornalistas, José Luís Carneiro referiu-se também às conclusões da reunião de terça-feira com epidemiologistas, no Infarmed, em Lisboa, apontando que as medidas que se encontram em vigor “têm produzido resultados encorajadores” em termos de redução do número diários de infetados.
“Queremos destacar as medidas muito positivas anunciadas pelo Ministério da Saúde, tendo em vista agilizar a testagem, agilizar o rastreio e também o isolamento dos cidadãos afetados pelo contágio. Sublinhamos também a importância de os ministérios da Economia, Finanças e Segurança Social continuarem a manter a pujança das medidas de apoio económico e social”, acrescentou.
LUSA/HN
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