Comité Paralímpico elogia apoio a pessoas com deficiência no Plano de Recuperação e Resiliência

17 de Fevereiro 2021

O Comité Paralímpico de Portugal (CPP) considerou esta quarta-feira positiva a inclusão de uma estratégia nacional para pessoas com deficiência no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas lamentou a ausência do desporto no seu todo no documento.

“É com agrado que vemos que o plano contém uma estratégia nacional das pessoas com deficiência 2021-2025”, disse o presidente do CPP, José Lourenço, à agência Lusa, acrescentando: “O desporto é referido como uma ferramenta importante em termos de inclusão, e isso é muito positivo.”

No entanto, o presidente do CPP lamenta que “o desporto no seu todo não esteja contemplado no plano”, colocado na terça-feira em consulta pública pelo Governo.

“É muito estranho que o desporto não esteja no plano, tínhamos essa expectativa, até porque houve contributos para isso. Até parece haver um erro”, afirmou José Lourenço.

O presidente do CPP lembrou que o PRR, que prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13.900 milhões de euros em subvenções, está ainda “numa fase de consulta”, manifestando o desejo que “os contributos que forem dados sejam aceites”.

José Lourenço destacou ainda o facto de o documento prever “uma melhoria das acessibilidades em equipamentos”, ponto que considerou bastante positivo na área social, na qual se inclui a estratégia nacional para pessoas com deficiência, para a qual o PRR prevê uma verba total de 583 milhões de euros.

Hoje, o Comité Olímpico de Portugal (COP) denunciou o desprezo pelo desporto e atividade física no PRR, considerando que “os clubes desportivos, as federações desportivas, bem como as organizações promotoras da atividade física e desportiva – públicas, associativas e privadas – têm, mais uma vez, fortes razões para se sentirem profundamente desagradados”.

Em comunicado, o CPP referiu que o “Governo, uma vez mais, despreza o valor salutogénico da atividade física e do desporto e, por arrasto, desvaloriza as entidades que o promovem. Fá-lo ao arrepio de tudo o que são as recomendações internacionais, que reforçam a importância do apoio ao movimento associativo, em especial aos clubes de formação”.

Lusa/HN

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