“Devido à intervenção do Governo e dos partidos da direita, a integração dos enfermeiros em situação de precariedade ficou muito aquém daquilo que era necessário”, acusou Zoraima Prado, do SEP, durante o protesto com cerca de duas dezenas de enfermeiros, junto ao Centro Hospitalar do Barreiro e Montijo (CHBM), no distrito de Setúbal.
“Só aqui no CHBM, com a informação que temos, de novembro de 2020, há 44 enfermeiros em situação precária e precisamos que todos eles fiquem nos serviços”, acrescentou.
Além das situações de precariedade, os enfermeiros do CHBM lutam também por melhores condições de trabalho. Alegam que estão há vários meses a trabalhar sem férias e sem feriados, com excesso de horas de trabalho e mobilidade entre serviços.
Segundo Zoraima Prado, apesar das ações de sensibilização que os enfermeiros têm vindo a desenvolver nos últimos meses com o objetivo de melhorarem as suas condições de trabalho, neste momento continua a não haver qualquer perspetiva de integração para muitos deles.
“A perspetiva que temos é que muitos enfermeiros possam sair, o que seria catastrófico para o SNS”, sublinhou, advertindo que o SEP vai “elevar o tom das formas de luta” nos próximos meses.
“Estamos a caminhar no sentido de retomar as tradicionais formas de luta, caso este Governo não atenda as nossas reivindicações e não respeite a determinação da Assembleia da República, para voltar a negociar, com o SEP, alterações para resolver os problemas que temos colocado”, disse.
Lusa/HN
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