Quase metade da população israelita já foi vacinada com as duas doses

12 de Março 2021

O número de israelitas que receberam as duas doses da vacina contra o novo coronavírus ultrapassou esta sexta-feira os quatro milhões, o que representa quase metade da população, indicou o Ministério da Saúde de Israel.

De acordo com a mesma fonte, 55% dos cerca de nove milhões de habitantes recebeu pelo menos uma dose da vacina Pfizer, enquanto 44% já foram inoculados também com a segunda.

Isto permitiu manter a tendência decrescente de contágios e regressar a uma quase normalidade, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

No último mês, o índice de testes de coronavírus positivos passou de 8% para os 3,1% registados na quinta-feira.

A idade média dos novos casos também caiu significativamente após a vacinação dos mais velhos, dos quais a grande maioria já recebeu as duas doses há algum tempo.

Animadora é ainda a diminuição do número de doentes em estado grave, que no mês passado caiu de cerca de mil para pouco mais de 600.

Estes indicadores foram essenciais para a decisão do Governo de reabrir no passado domingo os bares, cafés e restaurantes em todo o país, assim como de recomeçar as aulas presenciais para a maioria dos estudantes.

Estas medidas, que privilegiam a população vacinada e com o “passe verde” para imunizados, incluíram a abertura de espaços culturais, locais de culto e estádios.

Ao mesmo tempo, investigadores locais têm realizado estudos sobre a eficácia da vacina na população, que não só confirmaram os resultados dos ensaios clínicos da Pfizer, como foram usados pela farmacêutica para demonstrar que a vacina é mais eficaz do que se pensava.

A empresa fez um acordo com o Governo israelita, fornecendo-lhe rapidamente as vacinas em troca de informações sobre a campanha de vacinação no Estado hebreu.

“Sabíamos que era proveitoso para a humanidade poder selecionar um país onde pudéssemos demonstrar como a vacinação pode ter impacto nos índices de saúde (…) e económicos, porque seriam capazes de reabrir a sua economia”, declarou o diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla, na quinta-feira, numa entrevista ao Canal 12 de Israel.

A pandemia de Covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019 na China, provocou pelo menos 2,6 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 118,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço da agência France Presse.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Ordem convida URIPSSA e URMA para debater situação dos enfermeiros das IPSS

A Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE) formalizou esta semana um convite no sentido de requerer uma reunião conjunta entre a Ordem dos Enfermeiros, a União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores e a União Regional das Misericórdias dos Açores.

SIM diz que protocolo negocial com tutela será assinado em maio

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou esta sexta-feira que o protocolo para iniciar as negociações com o Governo será assinado em maio, esperando que ainda este ano se concretize um calendário de melhoria das condições de trabalho dos médicos.

Victor Ramos: SNS precisa de uma “equipa de pilotagem”

O Serviço Nacional de Saúde precisa de um órgão de coordenação técnica e estratégica que não se confunda com a equipa política, defende o anterior presidente da Fundação para a Saúde, Victor Ramos. Trata-se de uma equipa de pilotagem de um serviço extremamente complexo, “muito necessária para evitar os ziguezagues, sobretudo descontinuidades e perdas de memória”.

Lucro da Sanofi cai 43% para 1.333 ME no 1.º trimestre

A Sanofi, empresa que opera na área da saúde e que tem presença em Portugal, registou 1.333 milhões de euros de lucro no primeiro trimestre, uma descida de 43,2% relativamente aos primeiros três meses de 2023, foi anunciado.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights