Entre 3.000 e 5.000 pessoas, entre elas algumas vestidas com macacões brancos, participaram numa “manifestação silenciosa” nesta cidade do cantão de Basel, norte do país, segundo o número de participantes estimado pelos jornalistas locais.
Muitos manifestantes não usavam máscaras, sendo que alguns seguravam cartazes em que se dizia: “Chega!”, “Vacinas matam” ou “Que o amor seja o vosso guia, não o medo”.
Os manifestantes acreditam que o governo suíço está a usar medidas “ditatoriais” para impor restrições sanitárias, incluindo o encerramento de restaurantes e bares, com o objetivo de travar a disseminação do vírus SARS-CoV-2.
Num comunicado divulgado antes do início do protesto, os manifestantes, que receberam a permissão por parte da polícia para se reunirem, acusavam as autoridades de terem feito “refém” o país por “mais de um ano”.
“Estas medidas não fazem sentido. Para proteger 1% da população em risco, destroem a vida de 99% da população”, lamentavam os manifestantes no documento distribuído.
Uma manifestação semelhante realizou-se no início deste mês, em Chur, no leste da Suíça, tendo reunido mais de 4.000 pessoas.
Na sexta-feira, o governo federal optou por ser mais cauteloso perante a deterioração da situação de saúde por causa da pandemia de covid-19.
Nesse sentido, anunciou o adiamento da reabertura dos restaurantes e bares e que as demais restrições se mantêm em vigor, apesar da forte pressão dos profissionais do setor e dos cantões.
Por outro lado, em termos de reuniões privados, o número máximo permitido oscila entre cinco e dez pessoas.
As autoridades suíças estão preocupadas com o risco de um aumento “descontrolado” do número de casos de pessoas infetadas, alegando que esse número é “atualmente demasiado para permitir um maior flexibilidade”.
A Suíça, que tem 8,6 milhões de habitantes, registou cerca de 578 mil casos de infetados e 9.455 mortes devido à doença.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.702.004 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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