O Ministério da Saúde brasileiro disse ainda no seu boletim diário que há a registar 47.774 novos casos de coronavírus, contabilizando assim um total de 11.998.233 infeções desde o início da pandemia.
O Brasil é o segundo país com mais casos e mortes por coronavírus, apenas ultrapassado pelos Estados Unidos, apesar de atualmente ocupar o primeiro lugar em números diários de infetados e mortes.
O país enfrenta uma segunda vaga mais virulenta e mortal em comparação com o primeiro surto, agravada pela circulação de variantes consideradas mais transmissíveis e com a quase totalidade dos estados brasileiros próximos do colapso sanitário.
Esta foi a primeira vez, nos últimos seis dias, que o número diário de mortes associadas à doença é inferior a 2.400, apesar de as estatísticas do fim de semana serem geralmente inferiores devido à menor atividade dos serviços públicos.
No entanto, esta regra não se cumpriu no sábado, quando foram registados 2.438 óbitos, num reflexo da gravidade da situação.
Perante o atual cenário, os governos regionais e municipais foram forçados a aplicar outra vez rígidas restrições à mobilidade para tentar conter o elevado número de internamentos por Covid-19.
No Rio de Janeiro, uma das cidades do país mais atingidas pela pandemia, as praias voltaram a estar interditas pelo segundo dia, uma medida respeitada na generalidade pela população, apesar de alguns incidentes isolados.
Por sua vez, o governo regional fluminense está a admitir juntar e antecipar uma série de dias festivos, à semelhança do anunciado na cidade de São Paulo, com o objetivo de reduzir ao máximo a circulação de pessoas.
Em São Paulo, o estado brasileiro mais castigado do país em números absolutos, com 2,3 milhões de casos e cerca de 70 mil mortes, continua em crescendo o número de doentes com Covid-19 nas unidades de cuidados intensivos da região, que atingiram 91,5% da sua capacidade.
A campanha de vacinação, iniciada em meados de janeiro, avança muito lentamente, com 5,5% dos 212 milhões de brasileiros a receberem a primeira dose, e apenas 2% a quem foi ministrada a segunda injeção.
Ainda ontem, o Governo recebeu no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, o primeiro carregamento com cerca de um milhão de doses do programa internacional Covax, ao qual o Brasil aderiu e que lhe poderão garantir um total de 42,5 milhões de vacinas.
Este primeiro lote contém doses da vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, fabricadas por um laboratório sul-coreano.
No entanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou que está a negociar com o Governo de Joe Biden a importação do excedente disponível de vacinas contra a Covid-19 que existam nos Estados Unidos.
O Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que completou ontem 66 anos, voltou a criticar as medidas sanitárias perante centenas de apoiantes que se juntaram frente ao Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.710.382 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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