Em comunicado enviado as redações a APDP destaca os três temas centrais da OMS no novo Pacto Global de Combate à Diabetes. Estes dizem respeito à melhoria do acesso a medicamentos e tecnologias; o fortalecimento dos sistemas de saúde (através do nvestimento na capacitação dos profissionais de saúde para a prevenção e controlo da diabetes e uma melhor integração dos cuidados ao nível dos cuidados primários de saúde) e a implementação de medidas que incluam as pessoas que vivem com diabetes.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde o número de mortes prematuras pela diabetes registou um aumento de 5% entre o ano 2000 e 2016, um número considerado preocupante e merecedor da atenção dos Governos. A nível mundial a doença poderá atingir 420 milhões de pessoas.
Perante estes números José Manuel Boavida, presidente da APDP, fala em “cenário alarmante”, afirmando que a “APDP subscreve totalmente a visão da OMS para os próximos anos e que passa pela aposta na redução do risco de desenvolver diabetes e por assegurar que todas as pessoas diagnosticadas com diabetes têm acesso a tratamentos e cuidados de qualidade de forma equitativa, universal e acessível.”
“Em Portugal ainda há muito que fazer no que toca à diminuição do risco, ao diagnóstico precoce e aos cuidados ideais junto de toda a população, um caminho para o qual a APDP quer continuar a contribuir”, acrescenta.
Esta visão é também partilhada por João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP que realça que “tal como acontece com a OMS, os objetivos da APDP passam por proteger as populações, detetar e diagnosticar a diabetes, tratar adequadamente a doença e suas complicações e contribuir para a recuperação de todas as pessoas com diabetes que foram infetadas pelo novo coronavírus. Como diz o diretor geral da OMS, temos de fazer mais e podemos fazer mais”.
Portugal era, em 2019, um dos dois países da União Europeia com maior taxa de prevalência de diabetes entre adultos, segundo um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicado no ano passado. Em 2019, Portugal tinha 9,8% dos adultos (entre os 20 e os 79 anos) com diabetes. Estima-se, porém, que esse número seja superior, devido ao número de casos não diagnosticados.
PR/HN/Vaishaly Camões
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