“As incertezas sobre a velocidade da vacinação e a sua eficácia contra diferentes variantes da Covid-19, bem como a sua duração e a sua eficácia, são considerações que significam que não vamos abrir as fronteiras de uma só vez no início do próximo ano muito facilmente”, disse Simon Birmingham, ao jornal The Australian.
A Austrália, que fechou as fronteiras internacionais em março de 2020, vive há meses uma relativa normalidade, interrompida apenas por confinamentos rápidos e abruptos na sequência de surtos causados por falhas nos protocolos de quarentena em centros para residentes que regressam.
O Governo australiano também proibiu, desde a semana passada, a entrada de cidadãos na Índia e desde segunda-feira ameaçou mesmo impor multas e penas de prisão aos que tentassem regressar daquele país, o que deu início a uma batalha judicial para provar a ilegalidade da medida.
A abertura das fronteiras internacionais é uma das preocupações dos imigrantes na Austrália, onde, segundo o último censo nacional em 2016, metade dos 25 milhões de pessoas do país nasceram no estrangeiro ou têm pelo menos um progenitor de outros países.
Por enquanto, a Austrália tem uma bolha de viagem com a Nova Zelândia, que tem permitido viagens nos dois sentidos sem quarentena desde 18 de abril, e está a contemplar acordos semelhantes com Singapura e Hong Kong.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, esperava abrir as fronteiras internacionais em outubro próximo, após completar a campanha de vacinação.
Mas um dos maiores problemas do Governo de Morrison são os atrasos na vacinação, devido a problemas como as exportações ou efeitos secundários, o que resultou na distribuição até à data de cerca de 2,5 milhões de doses, muito aquém dos quatro milhões previstos até final de março.
Desde o início da pandemia, a Austrália contabilizou 910 mortos e cerca de 30 mil casos. A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.230.058 mortos no mundo, resultantes de mais de 154,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.983 pessoas dos 838.102 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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