De acordo com os organizadores desta conferência, a Câmara Africana de Energia (CAE), no seguimento da mudança da AOW da Cidade do Cabo para o Dubai devido à pandemia de covid-19, o líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) é uma das figuras que preferiu debater o setor petrolífero em África no próprio continente e não no Médio Oriente.
A mudança da AOW da Cidade do Cabo para o Dubai tem sido muito criticada pelos líderes da indústria petrolífera africana, que consideram que uma conferência sobre o setor petrolífero africano tem de ser realizada no continente e não noutro local.
“O compromisso da AOW de realizar uma conferência em solo africano tem reunido um amplo apoio dos agentes da indústria e do público em geral e recolheu um nível de apoio sem precedentes menos de uma semana depois de ter sido anunciado”, lê-se numa nota enviada à Lusa, na qual se dá conta da participação dos ministros do Petróleo de Angola, Guiné Equatorial e República do Congo no certame na Cidade do Cabo, em meados de novembro.
O secretário-geral da OPEP, Mohammed Barkindo, “acabou de confirmar a sua presença na AEW, que vai decorrer de 9 a 12 de novembro na Cidade do Cabo, numa demonstração do apoio de alto nível que este evento está a recolher em toda a indústria”, lê-se na nota da CAE.
Para além disso, pode ainda ler-se, os ministros “Diamantino Azevedo, de Angola, Bruno Itoua, do Congo, e Gabriel Obiang Lima, da Guiné Equatorial, também confirmaram a presença no primeiro evento panafricano da Câmara”.
Os organizadores esperam ser “o derradeiro local do ano para os líderes da indústria energética de todo o continente se reunirem e discutirem o futuro da indústria do petróleo, os caminhos e as soluções para a transição energética de África e a promoção de mais cooperação no setor entre os maiores agentes da energia”.
Citado no comunicado, o presidente da CAE, NJ Ayuk, afirmou que “é uma maravilha ver como a indústria abraçou esta iniciativa e juntou-se num evento internacional, focado na energia africana, organizado em terras africanas, para discutir as oportunidades africanas e o futuro energético num contexto de pressão cada vez maior sobre o continente e sobre os produtores e investidores em energia”.
No mês passado, a organizadora da AOW, a consultora britânica Hyve, anunciou a mudança do local da conferência de Joanesburgo para o Dubai, citando as preocupações com a situação da pandemia, e garantindo que no próximo ano regressará ao continente africano.
A AOW junta os principais operadores petrolíferos no continente, e tem presença confirmada de várias multinacionais, entre as quais a Chevron e a TotalEnergies, cujo presidente, Patrick Pouyanné, já confirmou a presença na exposição no Dubai, que decorre entre os dias 8 e 11 de novembro.
Já esta semana a consultora assinou um acordo com o Governo da África do Sul que prevê a realização do certame em 2002 e nos dois anos seguintes na Cidade do Cabo.
LUSA/HN
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