Além de deverem “remover ou proibir” o toque de objetos ou substâncias, nomeadamente água benta e outros símbolos, as igrejas e outros locais de culto devem ter uma sinalização para os lugares que podem ser ocupados de forma a garantir o distanciamento de, pelo menos, 1,5 metros entre pessoas não coabitantes, segundo a orientação, que atualiza a norma “Medidas de prevenção e controlo em Locais de Culto e Religiosos”.
Segundo a norma, assinada pelo subdiretor geral da Saúde, Rui Portugal, as pessoas com fatores de risco, nomeadamente com mais de 65 anos, e com comorbilidades devem ser aconselhadas a assistirem às cerimónias através “de meios de transmissão alternativos ou a optarem por horários em que as celebrações são menos frequentadas”.
Os locais de culto e religiosos devem elaborar ou atualizar um “plano de contingência interno” que contemple os procedimentos a adotar perante um caso suspeito de covid-19 e limitar ou adiar as celebrações, encontros, catequeses e outros eventos que implicam a aglomeração de pessoas quando não for possível cumprir as medidas de mitigação de transmissão do vírus SARS-CoV-2, promovendo meios de transmissão alternativos, como transmissão online.
Devem também limitar o acesso sem supervisão ao local de culto e o acesso a visitas coletivas e incentivar a adoção das medidas de proteção e distanciamento físico, etiqueta respiratória e higiene das mãos, afixando, por exemplo, alguns cartazes à entrada do local de culto.
A DGS recomenda também que seja disponibilizado à entrada e à saída do local de culto e em pontos estratégicos um dispensador de solução à base de álcool para as pessoas desinfetarem as mãos e que o local seja arejado, principalmente antes e depois de uma celebração, e que seja aumentada a frequência da higienização dos espaços comuns, bancos, apoios e puxadores de portas, principalmente no final de cada cerimónia.
Para evitar aglomeração de pessoas durante a celebração, deve ser limitada a capacidade máxima do local, para garantir o distanciamento recomendado, e criar e identificar, sempre que possível, um circuito de circulação.
“As primeiras pessoas a entrar devem ocupar os lugares mais distantes da porta de entrada”, aconselha a DGS, recomendando ainda que, “preferencialmente, a porta de saída deve ser diferente da porta de entrada”.
Deixar as portas do local de culto abertas, se possível, nos horários previstos para as celebrações, de modo a evitar o toque nos puxadores ou maçanetas, usar máscara facial sempre que adequado, abreviar as celebrações e substituir momentos que envolvem contacto físico (aperto de mão, beijo ou abraço) por outro tipo de saudação que garanta a distância recomendada de, pelo menos, 1,5 metros são outras recomendações da DGS.
A covid-19 já matou em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, 17.440 pessoas e foram registados 982.364 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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