A subida de categoria do Ida, numa escala que vai de 1 até 5, já tinha sido antecipada pelo Centro de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), que na sexta-feira alertou que poderia evoluir para um “furacão principal” e “extremamente perigoso, com ventos superiores a 200 quilómetros por hora (km/h), atingindo a categoria 4.
O Ida evoluiu já para a categoria 4, registando ventos de cerca de 280 km/h, numa altura em que a tempestade está concentrada a cerca de 280 km a sudeste da costa de Houma, no Luisiana, estando a deslocar-se para noroeste a uma velocidade de 24 km/h.
A tempestade ameaçou uma região atingida por uma nova vaga de infeções por covid-19, impulsionada por baixas taxas de vacinação e pelo elevado nível de contágio da variante Delta.
Os hospitais de Nova Orleães estão a enfrentar esta tempestade já com as camas quase em lotação máxima devido à pandemia, sendo que existe o receio de que os abrigos para aqueles que fogem ao Ida possam representar um risco adicional para novas infeções.
O governador do Luisiana, John Bel Edwards, anunciou que as autoridades do Luisiana procuraram encontrar quartos de hotel para colocar as pessoas que necessitem de sair de suas casas, sendo esta uma forma de reduzir a lotação dos abrigos coletivos.
Na costa de Gulfport, no Mississípi, um abrigo da Cruz Vermelha colocou placas com instruções e avisos sobre a covid-19 para os deslocados, mas durante a noite de sábado, com o céu ainda sem muitas nuvens, poucas foram as pessoas que se deslocaram para o abrigo. E os que o fizeram foram aconselhados a usar máscaras faciais.
O Ida acontece quase 16 anos depois de o furacão Katrina (em 29 de agosto de 2005) ter deixado um rasto de destruição e de morte, tendo provocado mais de 1.800 vítimas mortais.
O Luisiana, Estado do sul do país, é atingido regularmente por furacões. Ainda não recuperou totalmente do trauma de 2005, quando o Katrina causou uma destruição elevada. Ness ocasião dramática, Nova Orleães tinha sido inundada em 80% quando os diques que a protegiam cederam.
Com o aquecimento da superfície dos oceanos, os furacões ficam mais fortes, segundo os cientistas, e aumentam os riscos de incidentes sobre as comunidades costeiras de ondulação e inundação, amplificados pela subida do nível do mar.
LUSA/HN
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