“Estamos satisfeitos por termos solicitado uma autorização de comercialização condicionada à Agência Europeia de Medicamentos para o nosso reforço [de vacina] com um nível de dose de 50 microgramas”, revelou a farmacêutica norte-americana em comunicado.
Há dois dias a Moderna tinha também feito o mesmo pedido às autoridades dos Estados Unidos, noticia a agência EFE.
Segundo o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, os estudos e análises adicionais “demonstram que uma dose de reforço de 50 microgramas” [metade da dosagem das primeiras duas injeções] da sua vacina “provoca respostas de anticorpos potentes contra a variante Delta”.
“Continuamos comprometidos em estar à frente do vírus e em acompanhar a evolução epidemiológica do SARS-CoV-2”, acrescentou.
A empresa explicou ainda que a segunda fase do ensaio clínico foi alterada para incluir uma terceira dose, administrada “aproximadamente” seis meses após a segunda toma.
Na terça-feira, o laboratório farmacêutico tinha apresentado à agência norte-americana do medicamento (FDA) os primeiros dados para a obtenção de autorização para uma terceira dose da vacina contra a covid-19 nos Estados Unidos.
Este pedido surgiu pouco mais de duas semanas após o mesmo pedido da Pfizer, que tinha revelado que a dose de reforço gerou “significativamente mais anticorpos neutralizantes contra o vírus covid-19 original” e além disso “para as variantes beta e delta”.
Em agosto o FDA começou a recomendar o uso de uma terceira dose para pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como pacientes transplantados, pessoas com HIV ou pacientes com cancro que não tenham tido uma resposta imunológica adequada às duas primeiras doses da vacina.
Também recentemente as autoridades norte-americanas anunciaram planos para começar a vacinar com uma terceira dose a população em geral que recebeu as vacinas da Moderna e Pfizer há mais de oito meses, a partir de 20 de setembro.
No entanto, esta norma ainda não foi aprovada pelo FDA ou pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças do Estados Unidos (CDC).
A covid-19 provocou pelo menos 4.529.715 mortes em todo o mundo, entre mais de 218,96 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
LUSA/HN
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