Os governos dos dois países tinham concertado a assinatura do PEC 2021-2025 para o final de agosto, mas o atraso da realização da segunda volta das presidenciais obrigou a adiar este momento.
“A qualquer momento esperamos assinar este programa, mas nalguns aspetos, na prática ele já começa algumas cláusulas, sobretudo no tocante à saúde”, comentou Jorge Bom Jesus, em entrevista à agência Lusa em São Tomé.
Portugal é “um parceiro importantíssimo” e o país onde se encontra a maior diáspora são-tomense, estimada em cerca de 30 mil pessoas, assinalou o chefe do Governo, que classificou a cooperação com Lisboa como “estratégica”.
Do programa, a saúde é “um eixo vital”, cobrindo desde a resposta à pandemia de covid-19 às juntas médicas ou missões de especialidades médicas.
“Há alguma flexibilidade no sentido de o próprio PEC praticamente estar já a fazer funcionar esses programas”, referiu, apontando também lacunas na área da saúde, como os doentes que necessitam de hemodiálise e que têm de ser “praticamente deportados” por falta de capacidade de resposta no país.
A educação – desde professores portugueses a lecionar no ensino público ou na Escola Portuguesa, o relacionamento a nível do ensino superior, bolsas de estudo e acesso às universidades portuguesas -, a geminação entre câmaras, formações profissionais ou a segurança alimentar foram algumas das áreas destacadas pelo primeiro-ministro são-tomense.
“Há uma área vasta, até porque como nós dizemos, não queremos que nos deem peixes todos os dias, nós queremos que nos ensinem a pescar”, assinalou.
Outro setor que representa “uma grande fatia de investimento” é o da defesa e segurança.
“São Tomé e Príncipe tem 160 vezes mais de território marítimo do que o território terrestre. A pirataria [no Golfo da Guiné] aumenta e a segurança da nossa área marítima é vital”, destacou Bom Jesus.
Portugal, que tem destacado neste país o navio ‘Zaire’, “é uma referência” nesta área.
LUSA/HN
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