“Gostaria de destacar o facto de que, apesar das decisões do G20, o acesso às vacinas e outros recursos vitais ainda não é possível para todos os países”, declarou Putin durante a sua intervenção por videoconferência na cimeira dos principais países industrializados e emergentes do mundo.
“Isto ocorre, creio, entre outras coisas, devido à concorrência desleal, ao protecionismo e ao facto de uma série de países, incluindo membros do G20, não estarem dispostos a reconhecer mutuamente vacinas e certificados”, afirmou, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
A Rússia foi o primeiro país do mundo a autorizar uma vacina contra o novo coronavírus, em agosto de 2020, a Sputnik V.
Dezenas de organizações pediram aos líderes do G20 que desbloqueiem a oferta global de vacinas contra a covid-19, denunciando que apenas 3,1% das pessoas dos países mais carenciados receberam pelo menos uma dose.
Num comunicado divulgado hoje, a People’s Vaccine Aliance, uma coligação de mais de 75 organizações incluindo a Oxfam, Amnistia Internacional, Aliança Africana, Global Justice Now, entre outras, alertam para incapacidade de combater a desigualdade global de vacinas contra o novo coronavírus, sublinhado que os países do G20 deviam renunciar à propriedade intelectual e partilhar a tecnologia das vacinas, diagnósticos e tratamentos covid-19.
A cimeira dos representantes das maiores economias do planeta tem as as alterações climáticas e o combate à pandemia de covid-19 no topo da agenda.
Em relação à questão da pandemia, os líderes do G20 devem reiterar a promessa de disseminar vacinas de forma homogénea em todo o globo, apesar de ser cada vez mais ténue a esperança inicialmente declarada de conseguir vacinar 40% da população mundial até final do ano.
O G20 representa 60% da população mundial e mais de 80% da riqueza a nível mundial.
A covid-19 provocou pelo menos 4.979.103 mortes em todo o mundo, entre mais de 245,47 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
LUSA/HN
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