INEM confirma paragem da ambulância de Portimão e serviço assegurado por bombeiros

8 de Dezembro 2021

O INEM confirmou que a ambulância médica de Portimão “está inoperacional” devido a um surto de covid-19 na equipa de emergência pré-hospitalar, mas garantiu que o dispositivo de ambulâncias está assegurado pelos bombeiros locais.

“O INEM solicitou aos Bombeiros Voluntários de Portimão que reforçassem o dispositivo de ambulâncias afetas à atividade de emergência médica, de forma a garantir a pronta e adequada resposta aos pedidos de ajuda recebidos, o que se tem verificado”, esclareceu o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) numa nota enviada à agência Lusa.

De acordo com o INEM, dos nove profissionais que compõem a equipa de emergência pré-hospitalar em Portimão, no distrito de Faro, cinco testaram positivo e três encontram-se em isolamento profilático.

“Os profissionais que testaram positivo estão com sintomatologia ligeira e a receber o acompanhamento necessário por parte da Comissão de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos (CPCIRA)”, esclareceu aquele instituto.

O surto de covid-19 que obrigou a que o veículo ficasse inoperacional desde o dia 01 de dezembro foi denunciado na terça-feira à Lusa pelo presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro.

O sindicalista adiantou que a falta de profissionais para operar a ambulância “irá fazer com que esta continue inoperacional, previsivelmente, até ao dia 12 de dezembro”.

Rui Lázaro considerou que as infeções entre os técnicos de emergência pré-hospitalar, “não são anormais, dado estes passarem os dias a entrarem em casa das pessoas e a socorrê-las”, e criticou o INEM por apenas testar os profissionais quando apresentam sintomas.

“Desde que começou o combate à pandemia o INEM nunca fez testes regularmente aos seus profissionais e só o faz quando têm sintomas ou são reportadas suspeitas, embora passem os dias em contacto direto e próximo com várias pessoas. Não se percebe o porquê de não serem feitos testes regulares, quando os mesmos são obrigatórios para ir a um estádio de futebol ou a uma discoteca”, questionou Rui Lázaro.

LUSA/HN

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André Marques
Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

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