Autoridades de saúde timorenses apelam à população para que se vacine

8 de Fevereiro 2022

As autoridades de saúde timorenses apelaram esta terça-feira à população para que se vacine e que tome o reforço vacinal, para responder à terceira vaga da Covid-19 e à transmissão comunitária da variante Ómicron.

“A Ómicron é uma variante que tem bastante transmissibilidade, ainda que a gravidade seja menor. Pode ser grave para quem tem comorbidades e não está vacinado”, disse à Lusa a diretora-geral de Prestação de Serviços de Saúde, Odete da Silva Viegas.

“Por isso apelamos à população para que se venham vacinar. Quem não recebeu qualquer vacina venha vacinar-se e quem recebeu as duas primeiras doses há mais de quatro meses pode receber já o reforço”, apelou.

Praticamente sem casos no último trimestre do ano passado, Timor-Leste tem registado agora um aumento significativo de casos, o que não sucedia desde setembro do ano passado, quando o país viveu a vaga da variante Delta.

O boletim diário do Ministério da Saúde nota que nas últimas 24 horas se registaram 247 novos casos, o maior número diário desde setembro do ano passado, com 22 casos recuperados e um total de 8376 ativos em todo o país.

Nas últimas 24 horas, as autoridades realizariam 1.135 testes, com uma taxa de positividade de 21,76%, com 17 pessoas hospitalizadas, mais quatro que na segunda-feira.

Desde o inicio da pandemia Timor-Leste registou 20.748 casos de pessoas infetadas com SARS-CoV-2, com 122 mortos.

Questionada sobre as regras que estão a ser atualmente aplicadas, Odete da Silva Viegas disse que quem tem sintomas deve solicitar o teste, no âmbito da vigilância sentinela, e quem teve contacto de proximidade com alguém positivo deve ser igualmente testado, como rastreio de contactos.

Explicou que não há obrigatoriedade de ser feita quarentena ou auto quarentena e que quem está assintomático ou com sintomas leve pode estar isolado em casa.

“Se não quiserem ficar em casa poderemos instalar as pessoas no centro de Tasi Tolu. Os casos moderados ou graves estamos a hospitalizar”, referiu.

Entre sete a 10 dias depois da realização do teste positivo e se não houver sintomas, a pessoa pode ter alta, não sendo necessário fazer novo teste para sair do isolamento, explicou.

Até ao momento já receberam pelo menos uma dose 71,9% da população com mais de 12 anos, tendo 60,4% recebido já duas doses e 0,9% recebido o reforço.

LUSA/HN

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