“O senhor primeiro-ministro naturalmente tem toda a legitimidade para escolher o Governo e em relação a isso nada a dizer. Já em relação a Marta Temido, alguma esperança para que a atitude de arrogância e a incapacidade de diálogo seja alterada”, adiantou à agência Lusa o secretário-geral do SIM.
Segundo Jorge Roque da Cunha, através do diálogo com os sindicatos, “coisa que se recusou ao longo do seu mandato”, será possível “mitigar a incapacidade que demonstrou em aumentar o investimento no Serviço Nacional de Saúde e em reverter o aumento de utentes sem médico”.
Segundo o dirigente sindical, quando Marta Temido tomou posse eram cerca de 600 mil portugueses sem médico e “neste momento são cerca 1,2 milhões portugueses”.
Após admitir algum “pessimismo em relação à capacidade” de Marta Temido em melhorar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), Roque da Cunha manifestou a disponibilidade do sindicato para contribuir, através da sua intervenção, para que “haja mais investimento no SNS, menos médicos a sair”, assim como para a diminuição das listas de espera e dos tempos de espera para cirurgias e consultas.
Segundo disse, a ministra da Saúde deve, ao “invés de eleger a propaganda como forma de ação política, falar verdade aos portugueses”, alegando que dessa forma será possível convencer o novo ministro das Finanças e o primeiro-ministro que é necessário mais investimento no SNS.
LUSA/HN
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