A Universidade Europeia atribuiu, pela primeira vez na sua história, o grau de Doutor Honoris Causa a Maria de Belém Roseira e António Gentil Martins, pelo seu inestimável e contínuo contributo para o desenvolvimento social e humano do nosso país.
No quadro dos seus valores de responsabilidade social, o Conselho Científico da Universidade Europeia decidiu, por unanimidade, atribuir o Doutoramento Honoris Causa a estas duas personalidades. “Temos a convicção profunda de que o reconhecimento do trabalho em favor da ciência, da ação social e cívica, expresso na dedicação à causa pública nas suas múltiplas responsabilidades, constitui um importante exemplo para as gerações mais jovens e, em particular, para os jovens estudantes que agora iniciam o seu percurso académico e profissional. É, por isso, uma honra que ambos passem a fazer parte do nosso corpo docente”, afirma a reitora da Universidade Europeia, Hélia Gonçalves Pereira.
Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, Maria de Belém Roseira foi Ministra da Saúde, Ministra para a Igualdade e deputada em várias legislaturas. Desempenhou inúmeros cargos ao longo de mais de quatro décadas, dedicando grande parte da sua carreira à atividade política. Foi presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, onde desenvolveu uma intensa intervenção que passou por propor um conjunto de iniciativas que marcaram o desenvolvimento do país, das quais destacamos, a Lei da Paridade, a Lei da Procriação Medicamente Assistida ou a Lei do Testamento Vital. Foi, ainda, deputada à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e presidente da Assembleia Mundial de Saúde da Organização Mundial da Saúde. Atualmente, mantém uma ação intensa no domínio do voluntariado e em órgãos de direção de várias instituições da área da Economia Social. É, igualmente, presidente do Advisory Board da Universidade Europeia.
No seu discurso, Maria de Belém Roseira destacou “Tive o privilégio das circunstâncias da minha vida me terem proporcionado, fosse no desempenho de funções públicas, no exercício de cargos sociais em organizações da economia social, em Portugal ou no estrangeiro, no exercício de funções políticas ou, agora, de intensa atividade profissional e cívica ao serviço das causas mais variadas, a possibilidade de intervir na transformação para a melhoria da nossa comunidade e daquelas com que nos relacionamos. Fi-lo em consciência e com independência.”
Licenciado em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina de Lisboa, António Gentil Martins dividiu a sua carreira entre o Instituto Português de Oncologia e o Hospital D. Estefânia. Ficará, para sempre, na história da Medicina em Portugal como o cirurgião que, há 40 anos, realizou a primeira operação de separação de siameses no nosso país. Entre as várias associações e instituições que integra, é o único Membro de Honra no mundo, além de fundador, das sociedades internacionais que trabalham nas áreas da Oncologia Pediátrica. Foram vários os prémios e as mais altas distinções honoríficas que lhe foram atribuídos, nomeadamente a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, a Medalha de Ouro do Ministério da Saúde e o Grande Colar da Direção-Geral da Saúde. No final de 2018, cessou funções como presidente do CAVT – Centro de Apoio a Vítimas de Tortura / Portugal, instituição de solidariedade social, da qual foi fundador e onde se mantém como vice-presidente da Direção.
António Gentil Martins, no seu discurso, recordou aquilo que sempre defendeu e alguns dos seus principais feitos, “Sempre acreditei e, aliás, sempre ainda defendi que uma Ordem dos Médicos existe para defender os doentes, mas não pode também deixar de defender os médicos e de lutar para que tenham condições adequadas de trabalho e compensação. Sem profissionais bem tratados, estimulados, com carreiras e com segurança, não poderá haver boa medicina.” Para Gentil Martins, as suas grandes lutas foram, por um lado, fazer renascer a Ordem dos Médicos e, por outro, procurar conseguir ter no país um adequado sistema de saúde.
Esta cerimónia contou, ainda, com um testemunho do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com as intervenções do General António Ramalho Eanes, Presidente da República entre 1976 e 1986, e de Germano de Sousa, Bastonário da Ordem dos Médicos de 1999 a 2004. As intervenções principais foram garantidas pelo Padre Vítor Melícias e pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.
As Ciências da Saúde representam uma área estratégica para o desenvolvimento nos domínios do Ensino, da Formação, da Investigação Científica e da Inovação Tecnológica. Tendo em vista este desígnio, a Universidade Europeia definiu esta área como um dos seus principais desafios estratégicos. A área de Ciências da Saúde da Universidade Europeia garante um processo inovador de educação integrado, através da qual os estudantes, das diferentes áreas disciplinares, adquirem conhecimentos e competências, de forma partilhada, tendo em vista as experiências futuras, ao longo da sua vida profissional. Esta abordagem, assenta num Modelo Académico inovador, centrado na aprendizagem experiencial e transversal a todas as áreas da instituição e evidenciado nesta área de conhecimento.
Esta aposta, resulta ainda de uma vasta experiência adquirida pela instituição, a nível ibérico, assente numa abordagem One Health (Saúde Humana, Animal e Ambiental) a qual se traduz na oferta de um vasto portefólio de programas suportados numa aprendizagem experiencial única e em infraestruturas inovadoras de reconhecida qualidade com particular destaque para o ensino em prática simulada, o investimento em Formação Clínica, em Investigação e Desenvolvimento e na Inovação Pedagógica.
PR/MM
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