O desafio de Espanha de envolver os 27 Estados-membros da UE na sensibilização contra a estigmatização do HIV foi anunciado por Carolina Darias no âmbito da adesão de Las Palmas de Gran Canaria a este compromisso, estabelecido na Declaração de Paris de 2014, sendo a cidade das ilhas Canárias a 18ª em Espanha, através da rede “Fast Track Cities”.
Uma estratégia internacional de resposta rápida ao HIV, que trabalha para que até 2030 se consiga que 95% das pessoas com HIV conheçam seu estado serológico, 95% dos diagnosticados continuem com o tratamento adequado e 95% das pessoas em tratamento consigam suprimir a carga viral – para que se mantenham saudáveis e reduzam o risco de transmissão do HIV -, além de alcançar “zero estigma e discriminação” do grupo.
Num momento em que se cumprem 40 anos desde o primeiro caso de HIV diagnosticado em Espanha, a ministra da Saúde sublinhou que, tal como aconteceu com a covid-19, alguns doentes tiveram de lidar com o desconhecimento, o medo ou a rápida propagação dos casos, com a diferença de que os primeiros também foram alvo de “estigma e discriminação durante demasiado tempo”, o que levou muitos a morrerem marginalizados por grande parte da sociedade.
O objetivo final da estratégia da rede “Fast Track Cities” é que o HIV deixe de ser um problema de saúde pública até 2030, como explicou o responsável europeu Gonzalo Lobo, destacando que 45% dos novos casos diagnosticados e que sete em cada 10 casos atualmente detetados são de homens de meia idade que mantêm relações sexuais desprotegidas.
Tanto a ministra da Saúde de Espanha, como o responsável europeu perspetivaram que Las Palmas de Gran Canaria será uma das primeiras cidades espanholas a conseguir o triplo desafio de 95-95-95.
Carolina Darias manifestou também a esperança de que as cidades espanholas que ainda não aderiram a esta iniciativa se juntem o quanto antes, no sentido de garantir aos infetados pelo HIV “uma vida plena de saúde e direitos, um objetivo e compromisso do país”.
LUSA/HN
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