“Devemos coordenar efetivamente a prevenção e o controlo da epidemia com o desenvolvimento económico e social”, disse Xi, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua.
O Presidente chinês, no entanto, enfatizou que o país deve “adequar-se incansavelmente à estratégia” de tolerância zero ao novo coronavírus.
A altamente contagiosa variante Ómicron está a obrigar as autoridades chinesas a impor medidas cada vez mais extremas, para salvaguardar a estratégia de ‘zero casos’, assumida como um triunfo político por Xi.
Esta estratégia, que é também motivada pelo facto de muitos idosos não estarem vacinados contra a covid-19, está a exigir recursos logísticos, humanos e económicos significativos.
As autoridades estão a tentar encontrar o equilíbrio certo entre erradicar o vírus e limitar os custos económicos e sociais.
Medidas de confinamento, totais ou parciais, em dezenas de cidades puseram o país à beira da recessão, pela segunda vez em três décadas.
Os indicadores económicos do trimestre atual são sombrios: as vendas de automóveis em abril caíram quase para metade, em relação ao período homólogo, e os gastos no setor retalhista caíram 11%.
Os analistas reduziram as estimativas de crescimento económico da China para até 2% este ano, bem abaixo da meta oficial, estipulada pelo Partido Comunista, de “cerca de 5,5%”. O Banco Mundial já baixou significativamente a sua previsão de crescimento para o país, esta semana, para 4,3%.
Xangai, sede do porto mais movimentado do mundo, sofreu um bloqueio de dois meses. Também a província de Jilin foi sujeita a medidas de confinamento altamente restritivas. Em Pequim ou Cantão as medidas de confinamento foram parciais.
Xangai anunciou na quinta-feira que todos os moradores de sete distritos vão ter que se submeter a nova ronda de testes de ácido nucleico, a partir de sábado. No total, cerca de 14 milhões de pessoas são abrangidas. Em várias áreas, os moradores vão ficar confinados nas suas casas, até que todas as amostras sejam coletadas.
A diretiva foi emitida uma semana após o Governo chinês ter declarado a vitória da cidade contra o vírus, depois de dois meses de um bloqueio altamente restritivo.
A maioria dos moradores de Xangai voltou à vida quase normal, desde a semana passada, retomando as idas aos restaurantes, bares e parques da cidade.
Em Pequim, os restaurantes reabriram esta semana e os funcionários puderam regressar aos seus locais de trabalho.
Mas as autoridades voltaram a encerrar bares, discotecas e casas de espetáculos nos dois distritos centrais da capital, Chaoyang e Dongcheng, após a deteção de um novo surto.
O Ministério da Saúde da China registou 73 novos casos positivos, nas últimas 24 horas, incluindo oito em Pequim e 11 em Xangai.
LUSA/HN
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