Macau volta a testar a população entre quinta e sexta-feira

22 de Junho 2022

As autoridades sanitárias de Macau anunciaram esta quinta-feira a realização de mais um teste à população, a decorrer entre quinta e sexta-feira, depois de o número de casos de Covid-19 ter aumentado para 71.

“De acordo com a nossa avaliação da situação epidémica, no dia 23 de junho às 09:00 [02:00 em Lisboa], vamos iniciar uma nova ronda de testes massiva até dia 24 junho à meia-noite [17:00 em Lisboa], com uma duração de 39 horas”, disse o diretor dos Serviços de Saúde de Macau, Alvis Lo, durante a conferência de imprensa diária da Saúde.

Este é o segundo teste à população à Covid-19, depois de, no início da semana, cerca de 677 mil pessoas se terem deslocado aos 53 postos disponíveis para realizar um PCR. Hoje também foi pedido a toda a população que realizasse um teste antigénio em casa.

“São intervenções complementares”, explicou Lo quando questionado sobre a necessidade do teste rápido.

Até às 16:00 [09:00 em Lisboa] de hoje, cerca de 370 mil pessoas já tinham enviado uma imagem deste último teste para um ‘website’ designado pelas autoridades para o efeito, acrescentou o diretor dos Serviços de Saúde.

Macau decretou no domingo o estado de prevenção imediata, depois de detetar 12 casos de Covid-19.

Na sequência do novo surto registaram-se 71 casos, sendo que 24 pessoas apresentam sintomas e 47 são assintomáticos, indicou ainda Alvis Lo, classificando a situação na região de “muito grave” e voltando a apelar à população para permanecer em casa.

Desde o início da pandemia, o território registou um total de 107 infeções, zero mortes e 231 assintomáticos.

À semelhança do interior da China, a região segue uma política de ‘zero casos’, em que os assintomáticos não entram para as contas oficiais do Governo, apesar de serem igualmente obrigados a cumprir as medidas de isolamento.

Hoje também foi anunciado durante a conferência de imprensa que o ano letivo escolar vai “acabar mais cedo” no território.

“As escolas têm a capacidade e possibilidade de utilizar formas de avaliação multidisciplinares, nomeadamente avaliando o desempenho do aluno ao longo do ano letivo ou até através de testes realizados ao longo do período. Daí que as escolas perante as nossas orientações já manifestaram uma boa aceitação quanto a esta decisão”, explicou aos jornalistas Kong Chi Meng, diretor dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ).

À Lusa, o diretor da Escola Portuguesa de Macau (EPM) disse na segunda-feira que, apesar das atividades educativas estarem encerradas no território, o estabelecimento de ensino foi autorizado a realizar os exames nacionais.

“Os serviços de Educação sabem que são exames nacionais e que se não forem feitos nesta altura, depois é mais complicado para os alunos realizá-los”, afirmou o diretor da EPM, Manuel Machado.

Além das escolas, desde o início do surto, as autoridades suspenderam ainda o funcionamento de museus e dos equipamentos sociais que prestam serviços diurnos (creches, centros de cuidados especiais e centros comunitários) e as visitas a lares de idosos.

Os serviços públicos também vão permanecer encerrados pelo menos até sexta-feira.

Macau definiu dois tipos de áreas de confinamento, delimitando até à data 12 “zonas de controlo selado”, onde é apenas permitida a entrada de pessoas, sendo que lhes está vedada a saída, e cinco “zonas de prevenção”, com a interdição de saída dos edifícios antes de ser efetuado o primeiro de cinco testes de ácido nucleico obrigatórios.

LUSA/HN

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